quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Projeto de adoção é um dos melhores da América Latina


O projeto Anjo da Guarda, desenvolvido pelo Juizado da Infância e Juventude de Goiânia, é um dos 19 finalistas de um concurso promovido pela Organização das Nações Unidas (ONU), que visa identificar ações e iniciativas sociais de grande relevância. Lançado em 2005, o trabalho tem como objetivo buscar famílias que apadrinhem social e afetivamente crianças e adolescentes vítimas de abandono.
“Venho aqui para conhecer como funciona, quem são as pessoas que desenvolvem, quem são seus parceiros, enfim, ver de perto o projeto”, explica Rogério Magon, consultor da Comissão de Assuntos Econômicos da ONU. Segundo ele, o projeto do Juizado da Infância e Juventude de Goiânia foi escolhido entre outras mais de 400 iniciativas vindas de todos os países da América Latina e Caribe.
“Quando criamos esse projeto, confesso que não tínhamos a pretensão de estar entre os 19 da América Latina. Mas em minha opinião o que realmente nos traz orgulho são os resultados do projeto, que é o de conseguir uma família para essas crianças. Isso, sim, é fantástico”, destaca o juiz da Infância e Juventude de Goiânia, Maurício Porfírio, um dos idealizadores da iniciativa.

Encontro
Durante a tarde de ontem, o representante das Organizações Unidas ouviu depoimentos emocionados de pessoas que participaram do projeto como padrinhos ou como apadrinhados. Histórias como a do casal Maria Imaculada Torricelli e Marco Torricelli, que vivem no Mato Grosso, mas foi em Goiânia que conheceram Lidia, de 4 anos, uma garotinha que, segundo eles, mudou suas vidas.
“Quando nos conhecemos, ela tinha 2 anos e meio e no primeiro encontro lá no abrigo ela estava muito tímida, nem falava direito. Acho que ela ficou com medo ao ver um cara barbudo como eu”, brinca Marco, que está prestes a se tornar, com a esposa, pais adotivos de Lídia. “A gente começou como padrinhos e nos encontrávamos nos finais de semana e feriados, e hoje ela já mora com a gente há um ano e falta muito pouco para concluirmos o processo de adoção, mas com certeza já me sinto mãe da Lídia”, afirma Maria Imaculada.
O casal também explica que o projeto Anjo da Guarda foi fundamental não só para realizar o sonho da adoção, mas também para prepará-los para receber a pequena Lídia. “Foram cinco encontros muito úteis porque eles explicaram todas as questões legais, e dificuldades e isso ajudou a gente confirmar a nossa decisão”, conta Marco.
Prioridade a crianças mais velhas
Maria Augusta Barbosa Andraschko, coordenadora do projeto, explica que o trabalho é voltado principalmente para a chamada adoção tardia. “Crianças com esse perfil, acima dos 5 anos, são muito difíceis de serem adotadas, por que a grande maioria das famílias tem preferência por bebês ou crianças menores de 2 anos.”
A história de Ítalo, 9 anos, e da bióloga Ana Irina Fiúza, 33 anos, é um exemplo de como o sentimento de quem não pode ter filhos ou simplesmente pessoas que querem ajudar podem trazer esperança a crianças que, mesmo com pouca idade, já não têm muitas perspectivas. “Começamos como padrinhos do Ítalo e o víamos só nos finais de semana. Hoje ele já está morando com a gente e é meu filho legalmente. Um menino muito carinhoso, inteligente e saudável, mas, como todo garoto de 9 anos, muito levado também”, brinca a mãe adotiva de Ítalo.
Segundo Maria Augusta, desde o lançamento do projeto Anjo da Guarda, em 2005, são nove processos de adoção concluídos e 34 crianças em situação de guarda provisória.



Jornal Hoje Notícia

Um comentário:

  1. Este assunto muito me interessa, tenho dois garotos, de 12 e 5 anos e o caçula chegou até nós através da adoção vá lá na coluna lateral do meu blog procê conhecer). Bendita seja esta mãe que o guardou em seu ventre!
    "Devoro" todas as postagens deste blog, parabéns, parabéns e parabéns. Beijos

    ResponderExcluir

Verbratec© Desktop.