terça-feira, 1 de setembro de 2009

Denúncias revelam maus tratos a menores que sonham se tornar jogadores de futebol



A polícia está investigando denúncias de maus tratos a 35 menores de idade, que chegaram ao Rio com o objetivo de se tornarem jogadores de futebol. Eles estavam em uma clínica que foi transformada em alojamento improvisado.
Apesar de a Vigilância Sanitária ter interditado o local, os menores ainda passaram a noite desta terça-feira na clínica. Nenhum dos adolescentes é do Rio. A maioria veio dos estados do Paraná e Maranhão. As crianças serão levadas para abrigos e depois vão voltar para a casa dos pais.
Quatro jovens já prestaram depoimento na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente. Os menores têm entre 13 e 17 anos e moravam no prédio há pelo menos quatro meses. Ao todo, 23 deles não tinham autorização dos pais.
De acordo com os policiais, os meninos viviam em condições precárias. Bebiam água direto da bica bem ao lado da lixeira e faziam apenas uma refeição por dia, em um restaurante popular.
Em entrevista ao telejornal Bom Dia Rio, C. F., responsável pelo abrigo, disse que cobra das famílias uma mensalidade até que os adolescentes sejam chamados por um time. Ele afirmou que os menores treinam em dois campos do bairro e que estão matriculados em uma escola pública. Ele disse ainda que os meninos fazem três refeições diárias e os meninos que estão sem autorização é porque chegaram há pouco tempo.
C. F. foi indiciado por exercício ilegal da profissão. Segundo os policiais, ele trabalhava como agente de futebol sem ter um documento obrigatório que é o credenciamento da Fifa. C. também deve responder a processo por alojar menores de idade sem autorização dos pais. A polícia quer saber agora se os menores sofriam maus tratos.



O Globo

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