SÃO PAULO - A Delegacia da Mulher de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, vai abrir inquérito para apurar crime de injúria conta a estudante Geisy Villa Nova Arruda, de 20 anos. A jovem foi hostilizada por colegas da Uniban, por ter ido à aula com minissaia, e foi expulsa pela Uniban . O advogado da universidade, Décio Lencioni Machado, disse que Geisy não foi expulsa por causa da minissaia, mas de sua postura. Para ele, a estudante " afrontou os princípios de dignidade e moral previstos no regimento da instituição".
O Ministério da Educação deu um prazo de dez dias para que a universidade explique porque expulsou a aluna.
Em entrevista ao jornal Hoje, Geisy disse que está muito perdida e abalada com a repercussão e o desenrolar do episódio.
- Eu perdi todos os meses que meu pai pagou com muito sacrifício, o meu ano na faculdade foi todo para o lixo agora. Eu estou muito perdida, muito abalada, muita pressão de todos os lados. Nunca imaginei que isso fosse acontecer comigo. Realmente foi uma grande injustiça, uma grande maldade, porque na verdade eu fui a vítima e isso não vai ficar assim - disse Geisy.
Perguntada se sempre usou missaia, Geisy disse que sim.
- Eu sempre me vesti de uma forma que me sinta bem, de forma que eu não ofenda ninguém. E eu sempre fui deste jeito. De forma alguma, ninguém nunca me recriminou, nem falou que eu não poderia ir. Eu fui humilhada não só dentro da faculdade, mas o Brasil inteiro viu os meus vídeos. Tentaram colocar celulares dentro das minhas pernas, dentro do meu vestido. Isso não pode acontecer com uma mulher, comigo e com mais ninguém - disse a estudante.
Em nota publicada nos jornais deste domingo, comunicando a expulsão, a Uniban diz que a "aluna tem frequentado as dependências da unidade em trajes inadequados, indicando uma postura incompatível com o ambiente, apesar de alertada, não modificou seu comportamento". A nota diz ainda que: "no dia dos fatos, a aluna fez um percurso maior do que o habitual aumentando sua exposição". E a que "atitude provocativa da aluna resultou em uma reação coletiva de defesa do ambiente escolar". A expulsão foi noticiada na versão na internet do jornal americano The New York Times e no inglês, The Guardian.
Segundo a decisão do conselho superior da universidade, baseada no regimento interno, a aluna foi desligada em razão do flagrante de desrespeito aos princípios éticos, à dignidade acadêmica e à moralidade. Nesta segunda, segundo informou o site G1, um muro do campus da Uniban amanheceu pichado: 'Faculdade preconceito'.
A União Nacional dos Estudantes (UNE) e organizações de mulheres prometem realizar uma manifestação na porta da Uniban contra a expulsão da aluna. O protesto está marcado para 18 horas.
Em nota divulgada neste domingo, a UNE disse que Geisy foi 'vítima de um dos crimes mais combatidos na sociedade, a violência sexista, que é aquela cometida contra as mulheres pelo fato de serem tratadas como objetos' e que a Uniban 'espaço de diálogo onde deveriam ser construídas relações sociais livres de opressões e preconceitos, termina por reproduzir lamentavelmente as contradições da sociedade, dando sinais de que vive na era das cavernas'.
O Ministério da Educação deu um prazo de dez dias para que a universidade explique porque expulsou a aluna.
Em entrevista ao jornal Hoje, Geisy disse que está muito perdida e abalada com a repercussão e o desenrolar do episódio.
- Eu perdi todos os meses que meu pai pagou com muito sacrifício, o meu ano na faculdade foi todo para o lixo agora. Eu estou muito perdida, muito abalada, muita pressão de todos os lados. Nunca imaginei que isso fosse acontecer comigo. Realmente foi uma grande injustiça, uma grande maldade, porque na verdade eu fui a vítima e isso não vai ficar assim - disse Geisy.
Perguntada se sempre usou missaia, Geisy disse que sim.
- Eu sempre me vesti de uma forma que me sinta bem, de forma que eu não ofenda ninguém. E eu sempre fui deste jeito. De forma alguma, ninguém nunca me recriminou, nem falou que eu não poderia ir. Eu fui humilhada não só dentro da faculdade, mas o Brasil inteiro viu os meus vídeos. Tentaram colocar celulares dentro das minhas pernas, dentro do meu vestido. Isso não pode acontecer com uma mulher, comigo e com mais ninguém - disse a estudante.
Em nota publicada nos jornais deste domingo, comunicando a expulsão, a Uniban diz que a "aluna tem frequentado as dependências da unidade em trajes inadequados, indicando uma postura incompatível com o ambiente, apesar de alertada, não modificou seu comportamento". A nota diz ainda que: "no dia dos fatos, a aluna fez um percurso maior do que o habitual aumentando sua exposição". E a que "atitude provocativa da aluna resultou em uma reação coletiva de defesa do ambiente escolar". A expulsão foi noticiada na versão na internet do jornal americano The New York Times e no inglês, The Guardian.
Segundo a decisão do conselho superior da universidade, baseada no regimento interno, a aluna foi desligada em razão do flagrante de desrespeito aos princípios éticos, à dignidade acadêmica e à moralidade. Nesta segunda, segundo informou o site G1, um muro do campus da Uniban amanheceu pichado: 'Faculdade preconceito'.
A União Nacional dos Estudantes (UNE) e organizações de mulheres prometem realizar uma manifestação na porta da Uniban contra a expulsão da aluna. O protesto está marcado para 18 horas.
Em nota divulgada neste domingo, a UNE disse que Geisy foi 'vítima de um dos crimes mais combatidos na sociedade, a violência sexista, que é aquela cometida contra as mulheres pelo fato de serem tratadas como objetos' e que a Uniban 'espaço de diálogo onde deveriam ser construídas relações sociais livres de opressões e preconceitos, termina por reproduzir lamentavelmente as contradições da sociedade, dando sinais de que vive na era das cavernas'.
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