quarta-feira, 11 de novembro de 2009

A Síndrome da Alienação Parental


Por Paula Osato

Nos tempos modernos que vivemos, os relacionamentos familiares estão cada vez mais complexos e delicados. As famílias são pequenas e suas estruturas nem sempre são sólidas... Em contrapartida, no século XX, as famílias eram numerosas e possuíam uma estrutura “forte”; onde os pais, geralmente, por conta dos modelos impostos pela sociedade mantinham-se casados, como se diz... “até que a morte os separe”.
O conceito de família era mais respeitado e a “roupa suja” ficava em casa. Hoje, por qualquer motivo esta “roupa suja” é exposta sem limites. Os motivos são os mais diversos, não importa quem tem a razão ou deixa de ter, o que importa é a individualidade de cada um dentro da família e a harmonia dentro dela.
A família continua numerosa. Além do pai, mãe, irmãos biológicos, agora são: madrasta ou padrasto, meio-irmão, meia-irmã e por aí vai. Se o problema fosse só essas nomenclaturas, seria o paraíso! Mas, a maior dificuldade está na separação dos pais e o saber lidar com os filhos, imparcialmente, com a dor da perda, traição, vingança e o poder sobre o outro.

O que é a alienação parental?


A Síndrome da Alienação Parental é o termo proposto por Richard Gardner, em 1985, para a situação em que a mãe ou o pai de uma criança a treina para romper os laços afetivos com o outro genitor, criando fortes sentimentos de ansiedade e temor em relação ao outro genitor.
Participei da Palestra "a Síndrome da Alienação Parental", promovida pelo REGAR/Rede Garantia dos Direitos da Criança e Adolescente de Atibaia e a exibição do filme “A morte inventada”. Esta realidade é cruel e bem mais próxima do que podemos imaginar.
O filme “A morte inventada” é auto-explicativo, com depoimentos dos filhos e dos pais separados, mostrando as difículdades desses relacionamentos por causa do genitor alienante e suas terríveis conseqüências geradas nessas crianças que somente na fase adulta, talvez saibam de toda verdade. Somente os que vivem esta situação são capazes de mensurar as perdas e ganhos da vida. Tomara que sempre haja o tempo hábil para que todos os envolvidos consigam retomar as suas vidas em harmonia e forma saudável.
Que possamos estar sempre em alerta para que esta Síndrome não se fortaleça, que as famílias continuem numerosas independentes dos laços, principalmente, que as crianças, dos filhos de pais separados, tenham o direito de ser felizes e conviver com o outro, seja com quem for, pai ou mãe!

Fonte: Atibaia News (www.atibaianews.com.br)

Um comentário:

  1. Veja por favor o documentário da PBS Breaking the silence Children's stories

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