quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Apagão deixa várias cidades sem energia elétrica

O apagão atingiu a cidade do Rio de Janeiro. No detalhe, a praia de Copacabana

Um apagão deixou grandes áreas de vários Estados brasileiros sem energia elétrica na noite de terça-feira e na madrugada desta quarta-feira.

Por volta das 22h (horário de Brasília), o fornecimento de energia elétrica foi interrompido em grandes áreas dos Estados de Minas Gerais, Goiás, Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso, Espírito Santo, Paraná e Mato Grosso do Sul, além do Paraguai.
De acordo com o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), cerca de 800 cidades brasileiras foram atingidas pela falta de energia elétrica.
O fornecimento foi gradualmente normalizado na madrugada desta quarta-feira em algumas regiões do Rio de Janeiro e de São Paulo, inclusive em algumas áreas das capitais. Em Minas Gerais, a energia também voltou antes da manhã. De acordo com a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), a energia elétrica voltou a operar em todo o Estado por volta das 0h20 de quarta-feira.
No Paraguai, a situação foi normalizada ainda na terça-feira em Assunção, mas grandes áreas do interior do país continuavam sem energia elétrica durante a madrugada.

Causas
Em uma entrevista coletiva em Brasília, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, afirmou que ainda não se sabe as causas exatas do apagão.
Segundo ele, houve um "desligamento completo" da hidrelétrica de Itaipu Binacional provocado por “fatores atmosféricos”, o que causou um efeito cascata.
Apesar disso, o presidente da Usina, Jorge Samek, afirmou que o problema não foi na geração de energia, mas na transmissão.
“A causa do blecaute não teve origem na usina de Itaipu”, diz um comunicado divulgado pela hidrelétrica.
Segundo a nota, a hipótese mais provável “é que tenha havido algum acidente que afetou um ou mais pontos do sistema de transmissão, inclusive o de Furnas, responsável por levar a energia de Itaipu para o Sul e Sudeste, acidente este que provocou outros, fenômeno que se costuma chamar de efeito dominó”.
De acordo com o assessor de comunicação da hidrelétrica Itaipu Binacional, Gilmar Piola, enquanto não se souber os motivos da interrupção, não se pode dizer quanto tempo levará para que o fornecimento seja retomado.
Em Brasília, Lobão afirmou que o ONS está trabalhando ativamente para identificar as causas do problema que deixou milhões de pessoas sem energia, mas que a principal preocupação era "recompor o sistema".
Segurança
Como medida de segurança, o governador de do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, que estava em Brasília durante o apagão, disse entrou em contato com o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, e pediu para que ele coloque em alerta máximo a Guarda Municipal.
Segundo Cabral, a medida é preventiva porque, apesar da falta de energia, a situação na cidade é tranquila. O governador também determinou que o Batalhão de Operações Especiais (Bope) fosse para as principais vias da cidade a fim de garantir a segurança dos motoristas.
O Rio de Janeiro, segundo o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, foi o Estado mais atingido pelo apagão.
A falta de energia causou problemas principalmente para o trânsito. No Rio de Janeiro, os sinais de trânsito ficaram desligados durante as quatro horas de apagão, complicando a circulação de veículos. O retorno da luz na região da orla da praia de Copacabana foi comemorada pelos residentes que passavam pelo local.
Na cidade de São Paulo, o trânsito também apresentou problemas nos principais corredores de tráfego. Além disso, o sistema de metrô, assim como as linhas ferroviárias também pararam de funcionar, afetando o trajeto de milhares de paulistanos.
A situação forçou a prefeitura da cidade de São Paulo a suspender o rodízio de automóveis na manhã desta quarta-feira e a aumentar a frota de transporte público para atender a população.


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