Um relatório divulgado nesta quinta-feira pela Cepal (Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe) indica que a crise financeira internacional fará neste ano com que nove milhões de pessoas passem a viver em situação de pobreza na região.
O estudo, intitulado Panorama Social da América Latina 2009, diz que a pobreza na área aumentará neste ano 1,1% e a indigência, em 0,8%, em relação a dados de 2008.
Com isso, de acordo com as projeções da Cepal, o total de pobres na região saltaria de 180 milhões para 189 milhões, equivalente a 34,1% da população da América Latina ou a um Brasil inteiro.
Já as pessoas em situação de indigência passariam de 71 milhões para 76 milhões (13,7% da população do continente).
No relatório, a Cepal considerou em situação de pobreza pessoas que não têm renda familiar mensal suficiente para comprar uma cesta básica e também pagar por serviços básicos, e em situação de indigência quem sequer tem renda familiar mensal para comprar a cesta básica de alimentos.
Meta do Milênio
A Cepal alerta que estes dados mostram “uma mudança na tendência de redução da pobreza que vinha sendo registrada na região” nos últimos anos.
A secretária-executiva da Cepal, Alicia Bárcena, disse que tal tendência de redução só foi possível devido ao maior crescimento econômico regional, o incremento do gasto social e melhorias distributivas.
Bárcena ressaltou a “urgência de que a região (América Latina e Caribe) trabalhe num novo sistema de proteção social de longo prazo”.
“Não podemos dizer que deixamos perder as conquistas alcançadas entre 2002 e 2008. No entanto, este aumento da pobreza nos obriga a agir. Devemos repensar os programas de proteção social, com uma visão estratégica de longo prazo e medidas que possam aproveitar o capital humano e protejam o ingresso das famílias e grupos vulneráveis.”
Bárcena observou ainda que o aumento da pobreza atrasará na região o cumprimento da primeira Meta de Desenvolvimento do Milênio da ONU - erradicar a pobreza extrema e a fome até 2015.
O comunicado da Cepal não cita o Brasil, especificamente, mas diz que países que tiveram redução do Produto Interno Bruto (PIB) e aumento do desemprego, como o México, sofrerão maior incremento dos seus níveis de pobreza e indigência do que os demais países da região.
No caso do Brasil, este efeito seria menor, já que o impacto da crise internacional no PIB brasileiro foi menor do que o temido inicialmente.
Marcia Carmo
De Buenos Aires
BBC Brasil
O estudo, intitulado Panorama Social da América Latina 2009, diz que a pobreza na área aumentará neste ano 1,1% e a indigência, em 0,8%, em relação a dados de 2008.
Com isso, de acordo com as projeções da Cepal, o total de pobres na região saltaria de 180 milhões para 189 milhões, equivalente a 34,1% da população da América Latina ou a um Brasil inteiro.
Já as pessoas em situação de indigência passariam de 71 milhões para 76 milhões (13,7% da população do continente).
No relatório, a Cepal considerou em situação de pobreza pessoas que não têm renda familiar mensal suficiente para comprar uma cesta básica e também pagar por serviços básicos, e em situação de indigência quem sequer tem renda familiar mensal para comprar a cesta básica de alimentos.
Meta do Milênio
A Cepal alerta que estes dados mostram “uma mudança na tendência de redução da pobreza que vinha sendo registrada na região” nos últimos anos.
A secretária-executiva da Cepal, Alicia Bárcena, disse que tal tendência de redução só foi possível devido ao maior crescimento econômico regional, o incremento do gasto social e melhorias distributivas.
Bárcena ressaltou a “urgência de que a região (América Latina e Caribe) trabalhe num novo sistema de proteção social de longo prazo”.
“Não podemos dizer que deixamos perder as conquistas alcançadas entre 2002 e 2008. No entanto, este aumento da pobreza nos obriga a agir. Devemos repensar os programas de proteção social, com uma visão estratégica de longo prazo e medidas que possam aproveitar o capital humano e protejam o ingresso das famílias e grupos vulneráveis.”
Bárcena observou ainda que o aumento da pobreza atrasará na região o cumprimento da primeira Meta de Desenvolvimento do Milênio da ONU - erradicar a pobreza extrema e a fome até 2015.
O comunicado da Cepal não cita o Brasil, especificamente, mas diz que países que tiveram redução do Produto Interno Bruto (PIB) e aumento do desemprego, como o México, sofrerão maior incremento dos seus níveis de pobreza e indigência do que os demais países da região.
No caso do Brasil, este efeito seria menor, já que o impacto da crise internacional no PIB brasileiro foi menor do que o temido inicialmente.
Marcia Carmo
De Buenos Aires
BBC Brasil
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