domingo, 15 de novembro de 2009

Maconha Terapêutica: cai a última resistência



American Medical Association aprova o uso

A American Medical Association (AMA) é a mais importante, a maior e, também, a mais conservadora dentre as entidades que congregam médicos dos EUA.
Por duas vezes, a AMA já havia recomendado às autoridades sanitárias e aos parlamentares para não excluírem a ‘marijuana’ do elenco da Tabela I, ou seja, das substâncias proibidas, como a heroína e a cocaína.
A reviravolta, –e esse é o assunto do dia entre os especialistas e operadores europeus–, ocorreu depois da aprovação do uso terapêutico da maconha pela American College of Physicians e da adoção, em cerca de 15 estados norte-americanos, de programas de uso médico-terapêutico da erva canábica.
Na verdade, Bush já era, Obama logo no primeiro dia de Casa Branca proibiu a policia federal de prender usuários de maconha para fim terapêutico e várias unidades federativas, há anos e por meio de leis estaduais, admitem o emprego, com receita médica.
Fora isso, existe a experiência européia, onde até sachê com a erva natural pode ser comprado em farmácias, para infusão, segundo adverte hipocritamente o rótulo. Ainda, o comércio exportador de maconha, para finalidade terapêutica, cresce em progressão geométrica. As associações médicas, constituídas para a importação e posterior liberação aos clientes-pacientes, proliferam nos EUA.
No comunicado favorável ao consumo terapêutico da maconha, a AMA não abdicou do seu lado conservador. Dele consta que a aprovação, pela AMA, refere-se ao emprego para fim médico-terapêutico e não aval aos programas existentes e praticados nos estados-federados.
PANO RÁPIDO. O responsável pelas relações do governo Obama com as associações que desenvolvem projetos sobre políticas para o emprego de marijuana (Marijuana Policy Project), avaliou como histórica a decisão da AMA.
Para Aaron Houston, diretor responsável do supracitado órgão de correlação, - “A classificação da maconha junto às drogas pesadas não é apenas cientificamente insustentável. Isto porque a avalanche de dados científicos estão a mostrar o quanto é seguro e eficaz o emprego dessa erva contra a dor crônica e contra várias doenças. Mais ainda, a colocação na Tabela I, até hoje, tem sido um grande obstáculo para a pesquisa científica”.
Hoje cedo, desci na estação ‘Colosseo’ do metrô de Roma para dar uma olhada na passeata programada contra o Berlusconi (amanhã comento): mais um sempre ajuda, embora brasileiro. E serve, também, para dar uma força para os avós italianos que, do céu e das suas campas não param de gritar: “Berlusconi Vaffanculo” .
Fora da estação e próximo a um jardim, senti um forte odor de maconha. Fiquei com a impressão que ferozes combates continuam a atuar na arena do Coliseu e alguns deles, feridos por lanças, espadas e feras selvagens, devem estar a fazer uso terapêutico de maconha, para inibir as dores.

–Wálter Fanganiello Maierovitch–

Fonte: Uniad

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