domingo, 8 de novembro de 2009

Estudante que foi a aula de minissaia é expulsa de universidade



SÃO PAULO - A Universidade Bandeirante (Uniban), informou neste sábado, por meio de anúncio publicitário nas edições de alguns jornais de São Paulo, que a estudante de turismo Geisy Villa Nova Arruda foi desligada do quadro discente da instituição, "em razão do flagrante desrespeito aos princípios éticos, à dignidade acadêmica e à moralidade". O informe alega que "foi apurado que a aluna tem frequentado as dependências da unidade em trajes inadequados, indicando uma postura incompatível com o ambiente da universidade e, apesar de alertada, não modificou seu comprtamento". No anúncio, a Uniban afirma que a decisão é "o resultado da sindicância no campus de São Bernardo do Campo sobre o episódio ocorrido no dia 22 de outubro, fartamente exibido na internet e divulgado pelos veículos de comunicação". O anúncio chegou às bancas de jornais no início da noite, nas edições antecipadas de domingo.
Ao G1, por telefone, Geisy afirmou na noite deste sábado que nem ela e nem seus advogados foram notificados da decisão da universidade até o momento. "Primeiro quero ter certeza que isso é verdade. Se isso for confirmado, alguma coisa tem de ser feita", declarou. O advogado Nehemias Domingos de Melo, que defende Geisy, também disse que não foi informado da decisão. Porém, segundo o advogado da Uniban, Décio Lencioni Machado, a universidade procurou a estudante.
- Mandamos um mensageiro procurá-la por duas vezes para comunicar a decisão. Mas ela não assinou o documento - disse.
O anúncio da Uniban considera que "foi constatado que a atitude provocativa da aluna, no último dia 22, buscou chamar a atenção para si por conta de gestos e modos de se expressar, o que resultou numa reação coletiva de defesa do ambiente escolar". No mesmo dia, estudantes cercaram a aluna, gritando que ela era uma "puta". A estudante teria chegada a ser ameaçada e teve que se esconder em uma sala e sair do prédio depois coberta por um avental, escoltadfa pela Polícia Militar até sua casa, em Diadema.
O informe diz ainda que "a aluna demonstrou um comportamento instável, que oscilava entre a euforia e o desinteresse e estava acompanhada de dois advogados e uma estagiária vinculados a uma rede de televisão" em seu depoimento na sindicância. A aluna foi ouvida na quarta-feira. A conclusão, segundo o anúncio, foi de que "a atitude provocativa da aluna resultou numa reação coletiva de defesa do ambiente escolar".
Além de anunciar a expulsão de Geisy, a Uniban decidiu "suspender das atividades acadêmicas, temporariamente, de alunos envolvidos e devidamente identificados no incidente ocorrido no dia 22". No entanto, o anúncio não informa quantos alunos foram afastados e nem os seus nomes. O anúncio tem como título "A educação se faz com atitutde e não com complacência".

Aluna diz que precisou largar o emprego
O vestido usado por Geisy causou alvoroço na unidade, e a jovem teve de ser escoltada pela Polícia Militar até sua casa, em Diadema. O incidente foi gravado e colocado na internet. Desde então, a estudante tem evitado ir à universidade e ao trabalho. De acordo com Melo, os advogados da aluna devem dar entrada com requerimento para pedir a abertura de inquérito policial para apurar o caso na próxima semana. O episódio ganhou repercussão na internet após vídeos do tumulto serem postados no 'You Tube'.
Uma semana após o ocorrido, a aluna disse que largou até o emprego, vive trancada em casa e promete até mesmo processar as pessoas que continuam com as ofensas.
- Estou praticamente trancada em casa.
Na unidade ABC da Uniban, a maioria dos estudantes ainda repercutia o ocorrido e, apesar de condenar o comportamento dos colegas, não economizava críticas às vestimentas usadas pela menina.
- Na hora que eu a deixava a faculdade, ela estava chegando. Até mexi, já que era uma mulher bonita, mas não pensei que fosse estudante - disse Claudinei Alves, de 33 anos, há dois cursando gestão de logística no local. Alguns alunos lamentaram a fama que a instituição ganhou após a divulgação do tumulto, e exigiram providências da Uniban.


O Globo

3 comentários:

  1. Penso que esse estabelecmento de ensino mais parece um lugar para infratores que precisam começar da educação básica.
    Não são pessoas!
    O que fazem os pais com seus filhos se não educam?

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  2. Lamentável esse episódio homofóbico envolvendo a expulsão da estudante pelo grupelho dessa instituição de ensino superior “privada”. Os nossos educadores ensinam um “pseudo-humanismo”, pois são “intelectuais de papel” (são socialmente artificiais e não conseguem transcender as “páginas” do que estudam). A moça somente queria ver garantido o seu direito à prestação de serviços educacionais, por força de contrato e de lei. Covardes educando covardes, eis o dilema! Peterson Razente Camparotto. peteracam@yahoo.com.br

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  3. Nossa qdo eu vi essa reportagem achei um absurdo!

    Carmen, eu passei pra te avisar q já atendi um de seus pedidos, o outro logo logo deve tá saindo tá?
    Passa lá no Blog.
    Boa semana pra vc!

    Bjks,
    .::Clau::.

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