Um exemplo de superação. Assim é a vida de Noêmia Alves. A mulher de 43 anos tem deficiência mental. Com orgulho, conta que aprendeu a ler e a escrever. Agora, começa a ter contato com a linguagem do computador e ainda encontra tempo para preparar, com dedicação, massa para pizza. Quem vai provar da receita de Noêmia? Os 240 alunos da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais e Deficientes de Taguatinga e Ceilândia (Apaed). Todos eles encontram no local um alento para as limitações que a vida lhes impõe.
A instituição realiza hoje um bazar para angariar recursos financeiros. Móveis, roupas e artigos eletrônicos, como impressoras e computadores, estarão à venda. Os produtos foram adquiridos por meio de doações. Brincos, colares e panos de prato produzidos pelos frequentadores da Apaed também estarão expostos. “As peças são produzidas em oficinas ocupacionais e profissionalizantes para os alunos e familiares”, explica a presidenta da associação, Maria das Graças Nunes.
Lucrésia Passos trabalha há oito anos no projeto e, atualmente, coordena a oficina de arte terapia. “Alguns alunos precisam ter as mães por perto. Fazemos trabalhos manuais para que elas ocupem o tempo”, detalha. Voluntárias também participam dos encontros. É o caso de Antônia Ribeiro, 45 anos. O filho da dona de casa frequentava a instituição. Depois da morte do garoto, ela decidiu continuar apoiando as famílias que dependem dos serviços da Apaed. “É a forma que encontrei para continuar a viver”, observa.
A sala de costuras e bordados é o espaço preferido de Raquel Souza, 40 anos, que sofre de problemas mentais. Durante as oficinas, ela pega as agulhas e, com maestria, entrelaça os fios coloridos. O trabalho resulta em criativas bijuterias. Raquel exibe-as com orgulho. “Ela nos emociona”, elogia Maria das Graças. Dedicada, a aluna também frequenta as aulas de alfabetização. “Estudo bastante. Ainda vou aprender a ler”, garante.
Inclusão
O clima da Apaed inspira serenidade. Alunos, familiares e funcionários encontram-se diariamente com um único objetivo: ser solidário com o próximo. Além do bazar beneficente, a instituição promove diversas atividades de integração, como a encenação do bumba-meu-boi e dos autos da via-sacra, quando a Páscoa se aproxima. Passeios a shoppings e cinemas também são realizados. “Inclusão social é a base de tudo”, constata Maria das Graças.
Os filhos de Maria do Socorro Firmo, 59 anos, são portadores de problemas físicos e mentais. Há 20 anos, Rafael, 21, e Regina, 30, passam as manhãs na associação, em companhia da mãe e dos professores e voluntários da Apaed. A dona de casa considera esse encontro uma terapia para a família. “Conversamos e compartilhamos as nossas dificuldades, enquanto os meninos fazem atividades que contribuem para a ocupação emocional”, conta a moradora do Setor O.
Tímida, Maria do Socorro tenta conter a emoção ao comentar os exemplos de superação dos filhos. Mas admite que o longo tempo em contato com a Apaed torna a família especial. Cada evento é um motivo a mais para não desistir da vida. A presidenta, Maria das Graças, reforça: “São todas guerreiras”. Assim, com muita luta, têm continuidade as atividades da associação, entre aulas de alfabetização e oficinas de costura e reciclagem de papel.
Memória
União de forças
Há 27 anos, uma moradora de Ceilândia decidiu dar vida a uma instituição para acolher deficientes físicos. A filha dela teve meningite e, devido às sequelas trazidas pela doença, adquiriu problemas físicos e mentais. Sensibilizada, a mãe criou a Apaed. Conseguiu a ajuda de clubes locais e de embaixadas. A criança, porém, faleceu. A fundadora, então, abandonou o cargo.
Pais e alunos reivindicaram. Não queriam que as atividades terminassem. Na época, o filho de Maria das Graças Nunes frequentava a instituição. O garoto morreu em decorrência dos problemas de paralisia cerebral. Mesmo assim, ela assumiu a coordenação da Apaed. Foi eleita presidenta pela terceira vez consecutiva e está à frente do cargo há seis anos.
Programação
Hoje, das 9h às 14h
Bazar beneficente com roupas, móveis e artigos eletrônicos à venda.
Próximo sábado (14/11), às 14h
Apresentação do bumba-meu-boi, com barracas de comidas típicas.
A entrada para as atividades da Apaed é gratuita.
Solidariedade
A Apaed precisa de voluntários e pessoas dispostas a doar amor e compreensão. Ajudas financeiras também são bem-vindas.
A instituição realiza hoje um bazar para angariar recursos financeiros. Móveis, roupas e artigos eletrônicos, como impressoras e computadores, estarão à venda. Os produtos foram adquiridos por meio de doações. Brincos, colares e panos de prato produzidos pelos frequentadores da Apaed também estarão expostos. “As peças são produzidas em oficinas ocupacionais e profissionalizantes para os alunos e familiares”, explica a presidenta da associação, Maria das Graças Nunes.
Lucrésia Passos trabalha há oito anos no projeto e, atualmente, coordena a oficina de arte terapia. “Alguns alunos precisam ter as mães por perto. Fazemos trabalhos manuais para que elas ocupem o tempo”, detalha. Voluntárias também participam dos encontros. É o caso de Antônia Ribeiro, 45 anos. O filho da dona de casa frequentava a instituição. Depois da morte do garoto, ela decidiu continuar apoiando as famílias que dependem dos serviços da Apaed. “É a forma que encontrei para continuar a viver”, observa.
A sala de costuras e bordados é o espaço preferido de Raquel Souza, 40 anos, que sofre de problemas mentais. Durante as oficinas, ela pega as agulhas e, com maestria, entrelaça os fios coloridos. O trabalho resulta em criativas bijuterias. Raquel exibe-as com orgulho. “Ela nos emociona”, elogia Maria das Graças. Dedicada, a aluna também frequenta as aulas de alfabetização. “Estudo bastante. Ainda vou aprender a ler”, garante.
Inclusão
O clima da Apaed inspira serenidade. Alunos, familiares e funcionários encontram-se diariamente com um único objetivo: ser solidário com o próximo. Além do bazar beneficente, a instituição promove diversas atividades de integração, como a encenação do bumba-meu-boi e dos autos da via-sacra, quando a Páscoa se aproxima. Passeios a shoppings e cinemas também são realizados. “Inclusão social é a base de tudo”, constata Maria das Graças.
Os filhos de Maria do Socorro Firmo, 59 anos, são portadores de problemas físicos e mentais. Há 20 anos, Rafael, 21, e Regina, 30, passam as manhãs na associação, em companhia da mãe e dos professores e voluntários da Apaed. A dona de casa considera esse encontro uma terapia para a família. “Conversamos e compartilhamos as nossas dificuldades, enquanto os meninos fazem atividades que contribuem para a ocupação emocional”, conta a moradora do Setor O.
Tímida, Maria do Socorro tenta conter a emoção ao comentar os exemplos de superação dos filhos. Mas admite que o longo tempo em contato com a Apaed torna a família especial. Cada evento é um motivo a mais para não desistir da vida. A presidenta, Maria das Graças, reforça: “São todas guerreiras”. Assim, com muita luta, têm continuidade as atividades da associação, entre aulas de alfabetização e oficinas de costura e reciclagem de papel.
Memória
União de forças
Há 27 anos, uma moradora de Ceilândia decidiu dar vida a uma instituição para acolher deficientes físicos. A filha dela teve meningite e, devido às sequelas trazidas pela doença, adquiriu problemas físicos e mentais. Sensibilizada, a mãe criou a Apaed. Conseguiu a ajuda de clubes locais e de embaixadas. A criança, porém, faleceu. A fundadora, então, abandonou o cargo.
Pais e alunos reivindicaram. Não queriam que as atividades terminassem. Na época, o filho de Maria das Graças Nunes frequentava a instituição. O garoto morreu em decorrência dos problemas de paralisia cerebral. Mesmo assim, ela assumiu a coordenação da Apaed. Foi eleita presidenta pela terceira vez consecutiva e está à frente do cargo há seis anos.
Programação
Hoje, das 9h às 14h
Bazar beneficente com roupas, móveis e artigos eletrônicos à venda.
Próximo sábado (14/11), às 14h
Apresentação do bumba-meu-boi, com barracas de comidas típicas.
A entrada para as atividades da Apaed é gratuita.
Solidariedade
A Apaed precisa de voluntários e pessoas dispostas a doar amor e compreensão. Ajudas financeiras também são bem-vindas.
Os telefones são 3371-3232 ou 3372-2528
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