Crack estaria relacionado à exploração sexual infantil

RIO - A exploração sexual infantil dentro da Central de Abastecimento (Ceasa), em Irajá, foi denunciada, no último domingo, durante a missa das 18h, na Paróquia São Francisco de Paula, na Barra, como informou nesta terça-feira a coluna de Ancelmo Gois. Segundo fiéis, o padre Vinícius, que é da Igreja de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, na Pavuna, perguntou às pessoas que estavam na missa se elas conheciam a Ceasa. Logo depois, revelou que as mulheres oferecem suas filhas para programas de até R$ 2. A promotora Ana Lúcia Melo, titular da 25ª Promotoria de Investigação Penal, disse que vai pedir que o padre seja ouvido pela Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV).
Levantamento feito pela secretaria entre os meses de abril e maio deste ano apontou casos de exploração em carros velhos parados e até numa Kombi em movimento. As denúncias foram confirmadas por pessoas que conhecem a rotina das crianças exploradas. Os relatos, que resultaram numa lista com 39 pontos de exploração sexual infantil, foram encaminhados à DCAV. No entanto, segundo o delegado Luiz Henrique Pereira, a maioria das denúncias não foi comprovada.
Segundo a presidente da ONG Mães do Brasil, Wal Ferrão, além de o crack destruir as crianças, traficantes de cracolândias já ameaçam as mães destes menores viciados. Na Zona Norte, de acordo com Wal, uma das mães recebeu o recado em tom ameaçador: "Vamos extirpar a semente do mal ".


O Globo

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