Sociedade Brasileira de Urologia lança cartilha para orientar os homens a cuidarem da saúde e evitar tratamentos não recomendados pelos médicos
A Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) lança no próximo sábado, dia 7, um manual de urologia que explica as principais doenças e alerta a população para tratamentos ligados à área que não têm qualquer respaldo científico. O Manual de Boas Práticas Urológicas, que terá uma tiragem de 500 mil exemplares, será apresentado no 32º Congresso Brasileiro de Urologia que acontece em Goiânia, entre os dias 7 e 11 de novembro.
Para o presidente da Sociedade Brasileira de Urologia, José Carlos de Almeida, um dos autores do livreto, o manual tem como objetivo principal apresentar a especialidade para a população. “A sociedade em geral não sabe o que um urologista faz e qual a abrangência dessa especialidade”, diz . Elaborado com uma linguagem educativa, o material deve ajudar o paciente a identificar os sintomas das doenças mais comuns do universo urológico, como pedras do rim, incontinência urinária e o câncer de próstata.
Segundo Almeida, a SBU também está preocupada com os supostos tratamentos,sobretudo na área da sexualidade, que prometem soluções milagrosas para a população. Almeida cita como exemplos as injeções para a cura da ejaculação precoce em jovens e as práticas usadas para o aumento peniano. “A Sociedade não aprova nenhum desses procedimentos. O aumento do pênis sem cirurgia ainda está em fase experimental e nenhum procedimento deve ser feito fora dos centros acadêmicos”, diz Almeida.
De acordo com Almeida, o paciente que se sentir incomodado com o tamanho do seu pênis deve procurar um urologista para uma avaliação. “Na infância, é possível fazer o uso de hormônios para o desenvolvimento do órgão genital. Já na fase adulta, a cirurgia plástica reparadora é o caminho mais indicado”, diz. Segundo Almeida, a média do tamanho do pênis do brasileiro é de 13 a 18 centímetros em ereção.
O urologista ainda alerta para o exagero do apelo sexual da sociedade, na qual a performance sexual está vinculada com a dimensão do pênis. “Isso coloca os homens em uma posição tímida. Eles acabam buscando soluções em meios não adequados, como a internet, por exemplo”. O uso dessas injeções, cremes ou aparelhos sem acompanhamento de um especialista podem causar fibroses, mutilações, infecções e a perda da função erétil.
É importante saber também quando se deve procurar a ajuda de um urologista: na infância, o ideal é que as mães levem os meninos ao especialista para uma avaliação do desenvolvimento dos órgãos genitais. Os adolescentes devem procurar um urologista para esclarecer dúvidas sobre a atividade sexual . Na fase adulta, não há um periodicidade definida. O médico deve ser procurado se o paciente perceber algum problema relacionado às vias urinárias ou aos órgãos genitais. Após os 40 ou 45 anos, é preciso visitar o especialista anualmente para fazer a prevenção do câncer de próstata.
O manual, que será distribuído em postos de saúde e hospitais, pode também ser acessado, na íntegra, no site da Sociedade Brasileira de Urologia .
DANILO CASALETTI
Época
A Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) lança no próximo sábado, dia 7, um manual de urologia que explica as principais doenças e alerta a população para tratamentos ligados à área que não têm qualquer respaldo científico. O Manual de Boas Práticas Urológicas, que terá uma tiragem de 500 mil exemplares, será apresentado no 32º Congresso Brasileiro de Urologia que acontece em Goiânia, entre os dias 7 e 11 de novembro.
Para o presidente da Sociedade Brasileira de Urologia, José Carlos de Almeida, um dos autores do livreto, o manual tem como objetivo principal apresentar a especialidade para a população. “A sociedade em geral não sabe o que um urologista faz e qual a abrangência dessa especialidade”, diz . Elaborado com uma linguagem educativa, o material deve ajudar o paciente a identificar os sintomas das doenças mais comuns do universo urológico, como pedras do rim, incontinência urinária e o câncer de próstata.
Segundo Almeida, a SBU também está preocupada com os supostos tratamentos,sobretudo na área da sexualidade, que prometem soluções milagrosas para a população. Almeida cita como exemplos as injeções para a cura da ejaculação precoce em jovens e as práticas usadas para o aumento peniano. “A Sociedade não aprova nenhum desses procedimentos. O aumento do pênis sem cirurgia ainda está em fase experimental e nenhum procedimento deve ser feito fora dos centros acadêmicos”, diz Almeida.
De acordo com Almeida, o paciente que se sentir incomodado com o tamanho do seu pênis deve procurar um urologista para uma avaliação. “Na infância, é possível fazer o uso de hormônios para o desenvolvimento do órgão genital. Já na fase adulta, a cirurgia plástica reparadora é o caminho mais indicado”, diz. Segundo Almeida, a média do tamanho do pênis do brasileiro é de 13 a 18 centímetros em ereção.
O urologista ainda alerta para o exagero do apelo sexual da sociedade, na qual a performance sexual está vinculada com a dimensão do pênis. “Isso coloca os homens em uma posição tímida. Eles acabam buscando soluções em meios não adequados, como a internet, por exemplo”. O uso dessas injeções, cremes ou aparelhos sem acompanhamento de um especialista podem causar fibroses, mutilações, infecções e a perda da função erétil.
É importante saber também quando se deve procurar a ajuda de um urologista: na infância, o ideal é que as mães levem os meninos ao especialista para uma avaliação do desenvolvimento dos órgãos genitais. Os adolescentes devem procurar um urologista para esclarecer dúvidas sobre a atividade sexual . Na fase adulta, não há um periodicidade definida. O médico deve ser procurado se o paciente perceber algum problema relacionado às vias urinárias ou aos órgãos genitais. Após os 40 ou 45 anos, é preciso visitar o especialista anualmente para fazer a prevenção do câncer de próstata.
O manual, que será distribuído em postos de saúde e hospitais, pode também ser acessado, na íntegra, no site da Sociedade Brasileira de Urologia .
DANILO CASALETTI
Época
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