quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Debate sobre violência nas aldeias reúne centenas na Araporã


Dezenas de indígenas estão reunidos neste momento na Escola Araporã, localizada na Aldeia Bororó, Reserva de Dourados, para discutir o combate à violência na comunidade indígena.
O evento conta com a participação de autoridades representativas do Ministério Público Federal e lideranças caiuás, guaranis e terenas.
A criminalidade é um dos principais fatores da evasão escolar nas escolas. A declaração é de educadores que participaram de protesto na manhã de sexta-feira, no centro de Dourados. De acordo com os educadores, os adolescentes são as principais vítimas das drogas e alcoolismo nas aldeias.
Com isto, muitos acabam desistindo da escola e ingressando em organizações criminosas. O grupo pede segurança nas aldeias, para que haja desarticulação de grupos que estão colocando em risco a convivência no local. Em passeata, o grupo formado por mais de 100 pessoas percorreu a Avenida Marcelino Pires, levando faixas e cobrando das autoridades a volta do policiamento ostensivo nas aldeias, extinto há três anos, após a morte de policiais civis. A operação Sucuri também deixou de fazer a segurança na Reserva em janeiro deste ano, o que contribuiu para aumentar o índice de violência.
O diretor da Escola Tengatui Marangatu, Josias Marques, da etnia guarani, disse que toda a grade curricular da escola já foi afetada devido aos altos índices de violência. "Inserimos debates e palestras nas escolas, orientando sobre os riscos das drogas e alcoolísmo. Trabalhamos com o público adolescente, que é a categoria mais vitimizada pelo tráfico. Isso gera violência e temor nas aldeias", explica.
Em reunião com a administradora regional da Fundação Nacional do Índio, Margarida Nicoletti, semana passada, os manifestantes reclamaram da falta da segurança e cobraram o retorno das forças policiais nas aldeias. Eles pediram para que ela assinasse um documento, se comprometendo a intensificar os trabalhos no intuito de levar as forças policiais de volta para dentro da Reserva. O grupo pretende denunciar a situação de Dourados em Brasília caso a Funai não apresente soluções concretas para o problema nos próximos dias.

Fonte: Aquidauana

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