quinta-feira, 23 de julho de 2009

60 anos é a pena que o médico Abdelmassih pode pegar!


Band tem acesso a inquérito contra médico Abdelmassih
O Jornal da Band teve acesso ao relatório policial que acusa o médico Roger Abdelmassih de estupro e atentado violento ao pudor. A polícia pediu ao Ministério Público que denuncie o médico, um dos principais nomes da América Latina em reprodução assistida.
O inquérito policial tem seis volumes com depoimentos de 61 mulheres que contam detalhes dos abusos sexuais que teriam sofrido durante tratamento com o médico. Roger Abdelmassih é conhecido por atender celebridades e mulheres da alta sociedade. Ele cobrava até R$ 12 mil por um tratamento de fertilização.
Abdelmassih voltou da Europa recentemente e não quis gravar entrevista. No dia 24 de junho, ele esteve na delegacia para depor, mas manteve-se calado. Se condenado, o médico pode pegar até 60 anos de prisão.
Segundo a polícia, a maioria das vítimas se calou no início por causa do sonho da maternidade, do investimento financeiro e pelo medo de represálias pelo notoriedade nacional e internacional do médico.

Fonte: Band Jornalismo


"Sob efeito de medicamentos e se sentindo frágil, sem forças, a paciente não pôde reagir quando o médico Roger Abdelmassih, 65, aproximou-se, levantou a camisola dela, abaixou a sua calça, pôs o pênis para fora e a estuprou."
Esse é um dos depoimentos que constam no relatório do inquérito policial sobre as 61 mulheres que acusam o especialista em reprodução in vitro de abuso sexual.

Trecho do depoimento de uma ex-paciente

Outra ex-paciente afirmou que Abdelmassih tocou nos seios dela e quis beijá-la. “Ele tentou colocar a língua dentro de minha boca.”
Uma terceira ex-paciente contou que os ataques do médico ocorriam geralmente no pós-operatório. “Ele beijava e a gente ficava confusa, achando que se tratava do efeito da anestesia.”
O Jornal da Band teve acesso aos seis volumes do relatório final do inquérito da Polícia Cívil de São Paulo. Ali estão em detalhes as acusações ao médico.
Os advogados do médico afirmam não haver prova de que tenha existido abuso sexual. “O dr. Roger jamais praticou qualquer ato ilícito”, disse o criminalista José Luis Oliveira Lima, 44, um dos dois advogados contratados pelo especialista.
Abdelmassih não quis dar entrevista.
Ele voltou recentemente da Europa e, apesar da gravidade e da quantidade das acusações, sem nenhum paralelo no Brasil, continua trabalhando normalmente na sua clínica em São Paulo, segundo apurou o telejornal.
O CRM (Conselho Regional de Medicina) do Estado de São Paulo abriu uma sindicância, a 2067/2009, e não cogita a possibilidade de afastar o médico de suas atividades pelo menos até que as denúncias sejam apuradas e o processo judicial finalizado, de modo a decidir então pelo cancelamento ou não do registro profissional do especialista.
No dia 23 de julho, a polícia indiciou [acusou formalmente] o médico (foto) por estupro e atentado violento ao pudor. O inquérito foi remetido ao Ministério Público do Estado de São Paulo, que vai encaminhá-lo à Justiça. Se for condenado, o médico poderá pegar até 30 anos de prisão.
Os advogados de Abdelmassih tentaram anular o indiciamento com o argumento de que não houve o amplo direito de defesa porque eles não tiveram acesso aos depoimentos de algumas das ex-pacientes. No dia 29, o STF (Supremo Tribunal Federal) negou o pedido apresentado pelos advogados.
De acordo com o inquérito policial, as ex-pacientes demoraram para denunciar o abuso por temer não realizar o sonho da maternidade. Algumas delas afirmam que também tinham medo de sofrer represálias do médico.
Mas agora, disse uma ex-paciente, “eu quero este homem na cadeia.”

Blog do jornalista Paulo Lopes

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