RIO - Depois do excesso de trabalho dos cavalos nas charretes, também conhecidas como "Vitórias", uma nova polêmica animal divide opiniões na Cidade Imperial: o aumento dos cachorros abandonados nas ruas do Centro Histórico de Petrópolis. Sem uma ação eficaz por parte do poder público é cada vez maior o número de animais que vagam pelas ruas em todas as áreas turísticas da cidade. Em grupos, ou solitários os cães podem ser vistos circulando pelos arredores do Palácio de Cristal; da Catedral São Pedro de Alcântara; na Praça da Liberdade e no acesso à Casa de Santos Dumont.
Na Rua do Imperador a quantidade de animais soltos também chama atenção de quem passa pela esquina da tradicional Casa D'Ângelo, na Praça D. Pedro, e pelas escadarias do tombado Prédio dos Correios e Telégrafos, que fica a poucos metros do Museu Imperial e do Palácio Grão Pará. Também ali, na Praça do Bosque, é grande o número de cachorros em busca de comida e de uma sombra para deitar. Na Praça Visconde de Mauá, em frente ao Palácio Amarelo, sede da Câmara de vereadores, a presença dos cachorros também é frequente.
Por vezes eles são vistos na calçada em frente ao Museu Imperial, monumento que recebe diariamente centenas de visitantes.
- Nunca vi um turista ser atacado, mas as pessoas ficam com medo, principalmente quando desembarcam. Elas não sabem o que os cachorros podem fazer; algumas pessoas ficam temerosas, principalmente quando veem alguns deles avançando e correndo atrás de carros e motos que passam na rua, o que acontece com frequência - conta o presidente da Associação dos Guias de Turismo de Petrópolis, Ilton Cortes, lembrando ainda que a urina e as fezes dos animais são outro problema.
- Isso fica muito feio para uma cidade turística como a nossa - disse.
A superpopulação de cães que vagam sem cuidados pela ruas também preocupa entidades que trabalham em defesa dos animais, como a Ong AnimaVida. A presidente da entidade, Ana Cristina C. Ribeiro, explica que não existe um controle sobre a quantidade de animais de circulam pela ruas da cidade, mas, segundo ela, a maioria desses cachorros tem donos.
- Temos na cidade o que chamamos de animal semi-domiciliar. Eles têm donos que não cuidam direito deles e por isso acabam indo para a rua atrás de comida. O fato de eles estarem próximos aos pontos turísticos tem a ver com as comunidades carentes que existem ao redor do Centro Histórico - avalia.
A representante da Ong acredita que a solução para o problema está na criação de um programa permanente de controle de animais, baseado em três ações principais: o registro de identificação de toda população de cães, gatos e cavalos do município; o controle reprodutivo de cães e gatos e ações de educação da população para a guarda responsável e convivência saudável com animais domésticos.
Entre essas ações, a principal seria a identificação dos animais, feita por meio da implantação de microchips. A medida já foi adotada com cavalos que trabalham nas "Vitórias" e permitiu uma melhora no monitoramento dos animais.
- A criação do registro permanente de identificação de animais com microchips implantados sob a pele viabiliza a identificação imediata do responsável pelo abandono ou por qualquer outro dano provocado pelo animal. A ideia é que no primeiro momento esse proprietário receba uma advertência e em caso de reincidência ele pode ser punido - afirma Ana Cristina.
Ela lembra que medidas semelhantes vêm sendo adotadas em cidades como Guarulhos, Itu, Campinas e Caraguatatuba, em São Paulo, e também em Curitiba e Porto Alegre.
A proposta da Ong para microchipagem de cães e gatos da cidade foi apresentada como emenda constitucional à Lei de Diretrizes Orçamentárias do Município no mês passado e foi aprovada na Câmara de Vereadores. Com isso, é possível que a partir do ano que vem o problema comece a ser resolvido.
Questionada sobre o problema dos animais abandonados nas ruas, a assessoria de Comunicação da Prefeitura não encaminhou resposta.
Na Rua do Imperador a quantidade de animais soltos também chama atenção de quem passa pela esquina da tradicional Casa D'Ângelo, na Praça D. Pedro, e pelas escadarias do tombado Prédio dos Correios e Telégrafos, que fica a poucos metros do Museu Imperial e do Palácio Grão Pará. Também ali, na Praça do Bosque, é grande o número de cachorros em busca de comida e de uma sombra para deitar. Na Praça Visconde de Mauá, em frente ao Palácio Amarelo, sede da Câmara de vereadores, a presença dos cachorros também é frequente.
Por vezes eles são vistos na calçada em frente ao Museu Imperial, monumento que recebe diariamente centenas de visitantes.
- Nunca vi um turista ser atacado, mas as pessoas ficam com medo, principalmente quando desembarcam. Elas não sabem o que os cachorros podem fazer; algumas pessoas ficam temerosas, principalmente quando veem alguns deles avançando e correndo atrás de carros e motos que passam na rua, o que acontece com frequência - conta o presidente da Associação dos Guias de Turismo de Petrópolis, Ilton Cortes, lembrando ainda que a urina e as fezes dos animais são outro problema.
- Isso fica muito feio para uma cidade turística como a nossa - disse.
A superpopulação de cães que vagam sem cuidados pela ruas também preocupa entidades que trabalham em defesa dos animais, como a Ong AnimaVida. A presidente da entidade, Ana Cristina C. Ribeiro, explica que não existe um controle sobre a quantidade de animais de circulam pela ruas da cidade, mas, segundo ela, a maioria desses cachorros tem donos.
- Temos na cidade o que chamamos de animal semi-domiciliar. Eles têm donos que não cuidam direito deles e por isso acabam indo para a rua atrás de comida. O fato de eles estarem próximos aos pontos turísticos tem a ver com as comunidades carentes que existem ao redor do Centro Histórico - avalia.
A representante da Ong acredita que a solução para o problema está na criação de um programa permanente de controle de animais, baseado em três ações principais: o registro de identificação de toda população de cães, gatos e cavalos do município; o controle reprodutivo de cães e gatos e ações de educação da população para a guarda responsável e convivência saudável com animais domésticos.
Entre essas ações, a principal seria a identificação dos animais, feita por meio da implantação de microchips. A medida já foi adotada com cavalos que trabalham nas "Vitórias" e permitiu uma melhora no monitoramento dos animais.
- A criação do registro permanente de identificação de animais com microchips implantados sob a pele viabiliza a identificação imediata do responsável pelo abandono ou por qualquer outro dano provocado pelo animal. A ideia é que no primeiro momento esse proprietário receba uma advertência e em caso de reincidência ele pode ser punido - afirma Ana Cristina.
Ela lembra que medidas semelhantes vêm sendo adotadas em cidades como Guarulhos, Itu, Campinas e Caraguatatuba, em São Paulo, e também em Curitiba e Porto Alegre.
A proposta da Ong para microchipagem de cães e gatos da cidade foi apresentada como emenda constitucional à Lei de Diretrizes Orçamentárias do Município no mês passado e foi aprovada na Câmara de Vereadores. Com isso, é possível que a partir do ano que vem o problema comece a ser resolvido.
Questionada sobre o problema dos animais abandonados nas ruas, a assessoria de Comunicação da Prefeitura não encaminhou resposta.
O Globo
Nenhum comentário:
Postar um comentário