quarta-feira, 22 de julho de 2009

Pedófilo oferece Playstation para calar jovem do Porto


Durante cerca de dois anos foi vítima de abusos sexuais do amigo da mãe que lhe prometera abrigo e acompanhamento escolar. João (nome fictício), com 10 anos, foi entregue às mãos de Hugo A., motorista de ambulâncias numa empresa privada no Porto, quando a progenitora, envolvida numa situação financeira difícil, passou a viver num quarto alugado onde não havia espaço para os seus três filhos. A fé que depositava no amigo culminou em repetidas violações da criança.
Segundo o Ministério Púbico (MP), João teria sido vítima de abusos sexuais pelo menos 50 vezes antes de conseguir fugir. O motorista de ambulâncias, de 27 anos, está a ser julgado no Tribunal de S. João Novo, no Porto.
Hugo está em prisão preventiva e é acusado de 53 crimes de abusos sexuais consumados e um de coação. Os crimes foram consumados sobre dois menores.
Durante a maratona dos constantes abusos sexuais, Hugo presenteou João com uma Playstation, para comprar o seu silêncio e passividade. Já antes o havia agredido por diversas vezes.
Tudo começou em 2005, quando o investigado foi apresentado à mãe de João, que tinha, na época, nove anos. O motorista passou a ser visita assídua da casa, na Invicta.
Apercebendo-se das dificuldades financeiras da família, Hugo prontificou-se a acolher João em sua casa e a “levá-lo à escola e a ajudá-lo nos deveres escolares”, segundo o MP. Confiante na boa-fé do amigo, que “manifestava afeto desinteressado” pelo filho, a progenitora aceitou a generosidade do motorista de ambulâncias. Com 10 anos, o menor passou a viver na casa do investigado, partilhando com ele o quarto e a cama.
O cenário revelou-se perfeito para a alegada prática dos abusos. Hugo teria praticado com o jovem vários tipos de atos sexuais. Os momentos eram fotografados, sendo as imagens guardadas no computador do acusado. De acordo com os investigadores, as imagens eram chocantes.
A série de abusos apena teve fim quando João conseguiu fugir da casa. O relatório pericial do jovem não deixava margem para dúvidas sobre os abusos: “Evidenciava sintomas de instabilidade afetiva e emocional e o seu desenvolvimento psicossocial futuro pode ocorrer com dificuldades, sobretudo na expressão da sua sexualidade.”
Sexo com crianças na Internet - Desde a pré-adolescência que o acusado “procurava e visualizava na internet imagens pornográficas exibindo cenas de sexo com crianças”, de acordo com o MP.
O relatório que os peritos elaboraram sobre Hugo A. revela que ele “acabou desenvolvendo e concretizando a sua sexualidade quase exclusivamente pela atração por crianças impúberes do sexo masculino”.
Após deduzir acusação, o Ministério Público pediu para continuar a investigação. Quando os investigadores analisaram o computador de Hugo encontraram diversas fotografias de crianças ainda por identificar. A descoberta sublinha ainda hoje a forte suspeita de que poderá haver mais vítimas de abuso.
Hugo é também acusado de dois crimes de abuso sexual de um segundo menor, filho de uma amiga de infância do motorista de ambulâncias. Mais uma vez a confiança na amizade permitiu que Hugo levasse o jovem de sete anos a sua casa, onde os abusos ocorreram.



Ionline

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