segunda-feira, 20 de julho de 2009

Incontinência urinária chega a atingir 25% da população feminina


A incontinência urinária é algo muito desagradável para a mulher que a apresenta.

Mesmo os quadros leves interferem diretamente com as atividades diárias dessas mulheres, de tal maneira que aquelas que sofrem desta moléstia apresentam índices mais baixos de qualidade de vida.
Muitas não procuram ajuda médica, por desconhecer a existência de tratamentos modernos, nem sempre cirúrgicos que podem curar ou minimizar muito os sintomas. Ou por não priorizar seus cuidados sobre outras atividades que ocupavam seu tempo. Muitas relatam que a perda urinária faz parte dos problemas que as mulheres têm que aceitar ao se aproximar da velhice.

Por que é tão comum?

Devido à musculatura de sustentação dos órgãos pélvicos serem frágil, o aparelho esfincteriano, mais delgado, e a uretra feminina curta a incontinência urinária na mulher é muito freqüente, principalmente após a menopausa onde todo esse assoalho fica ainda mais frágil pela falta do hormônio feminino.
A constituição física é um fator predisponente importante, mas, o aumento do peso do conteúdo abdominal e uterino, devido à gravidez, são também causas da incontinência urinária futura, dentre as mulheres.
Durante a gestação, o aumento do volume abdominal, e a presença da cabeça fetal na pelve podem causar uma pressão maior sobre o diafragma muscular pélvico, levando a uma flacidez dessa musculatura.

Todos os casos são iguais?

.A incontinência urinária de esforço é o tipo mais comum. A perda urinária ocorre durante aumento da pressão abdominal (tosse, espirro, levantar peso, movimento, ou exercício físico).

.Incontinência urinária de urgência. É a incontinência que as mulheres apresentam por meio de uma vontade súbita e urgente de ir ao banheiro, mas não conseguem chegar ao sanitário a tempo de evitar a perda de urina.

.O terceiro tipo é a incontinência mista que associa a incontinência de esforço à incontinência de urgência.

Como saber qual é meu caso?

O mais importante é fazer um diagnóstico correto.

1.História dessa mulher. É preciso conversar com ela para tentar caracterizar se a perda de urina é por esforço ou por urgência. Se a urina escapou, por exemplo, quando fez exercícios, ou em repouso, ou quando estava dormindo em casa. Essas duas situações são bastante diferentes para identificação e tratamento da enfermidade.

2.Exame urodinâmico, que permite determinar a ocorrência de contrações vesicais involuntárias (sem que a bexiga esteja muito cheia, surge o desejo premente de urinar), assim como a perda urinária quando a paciente faz esforço. Nesse exame, a saída de urina é monitorizada por computação.

E agora, o que fazer?

Com o diagnóstico correto estabelecido o especialista pode determinar qual melhor tratamento para cada caso.

1.Fisioterapia: menos invasiva e com menor risco para a mulher, não tem efeitos secundários, não impede futuras cirurgias e pode ajudar a curar em 51% dos casos, a função dos músculos do pavimento pélvico e do controle da bexiga.

2.Cirurgia: existem inúmeras técnicas que dependem da indicação de cada caso. As técnicas criam um suporte sub-uretral, para corrigir o ângulo uretrovesical e evitar a perda de urina. Em determinadas situações são necessárias outras abordagens cirúrgicas para corrigir falhas maiores da musculatura pélvica, bem como o reposicionamento do útero, ou do reto, caso estes também estejam comprometidos.

3.Farmacológico: pressupõe o uso de várias drogas que contêm substâncias anticolinérgicas que evitam a contração vesical. Usados para as incontinências de urgência e mistas.


Redação
eAgora.com.br

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