Uma das maiores apostas desta edição da Bienal do Livro, a Floresta de Livros foi projetada para ser um espaço totalmente dedicado aos pequenos, mas acabou atraindo gente de todas as idades desde o primeiro dia do evento. A decoração exuberante da área recreativa enfeitada com Árvores Falantes que contam histórias, além de totens interativos que apresentam virtualmente vários clássicos infantis, deixou boquiabertos pais, tios, professores e mesmo jovens que resolveram dar só uma olhadinha no que estava acontecendo.
Uma das partes mais disputadas pelo público era a Sala Secreta. Lá, as crianças podem pegar livros para ler e contar histórias para outras crianças usando um microfone instalado em cima de um pequeno palco. A rotatividade é grande. Daiane Maria, de 7 anos, esperou pacientemente a sua vez de recitar uma história.
— Ficamos sabendo da Floresta de Livros e ela pediu para vir e ler os livros preferidos dela no palco — contou Elizete Vezula, a mãe orgulhosa.
A preocupação de João Alegria, idealizador e curador do novo espaço, era que todas as histórias ouvidas e vistas pelas crianças nas árvores e nos totens estivessem disponíveis em livro na Sala de Leitura. Obras de Ziraldo, Maurício de Sousa, Monteiro Lobato e Pedro Bandeira estavam entre as mais disputadas pelo público.
O curador, que tem acompanhado diariamente a movimentação na Floresta, conta que o objetivo do espaço é valorizar o livro.
— Queremos mostrar que o livro é uma tecnologia que não ficou obsoleta e que interage muito bem com as outras mídias. As crianças experimentam as histórias através da imagem, do som, das narrativas visuais e tudo isso leva para o papel, para o impresso.
De passagem pelo Riocentro, a professora primária Maria Elisa Bentolila visitou a floresta de palavras e aprovou a iniciativa da Bienal.
— Encontrei vários alunos meus e eles ficaram muito interessados, até as crianças menores ficam atentas às histórias faladas. Na segunda-feira o tema da minha aula será a Bienal do Livro e o que eles aprenderam por aqui — adianta professora.
A programação da Floresta de Livros — uma enorme instalação de 800 metros quadrados — ainda conta com uma arena onde são encenadas peças de 15 minutos, em oito sessões, por uma equipe de atores do grupo liderado pela atriz e escritora Daniela Chindler. A ideia é que, usando apenas mímica, bonecos e outros adereços, os atores despertem em cada leitor a memória de uma história, de um livro diferente.
Blog Prosa Online
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