segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Laudos não apontam sinais de violência em menina achada morta em micro-ondas em Santa Catarina


PORTO ALEGRE e SÃO PAULO - Laudos preliminares feitos por um legista encarregado da necrópsia da menina Terezinha Aparecida dos Santos, de 7 anos, encontrada morta dentro de um forno de micro-ondas, na Grande Florianópolis, indicam que não havia sinais de violência no corpo da criança. A polícia, trabalha com a hipótese de que o caso foi uma fatalidade.
O legista constatou que a morte da criança foi provocada por asfixia e não havia sinais de esganadura ou violência sexual. Com isso, a polícia trabalha com a hipótese de que a menina tenha entrado sozinha no micro-ondas, que é antigo e tem capacidade para 48 litros.
- Os laudos preliminares mostraram que ela morreu por asfixia. Não foram encontrados sinais de esganadura ou violência sexual. Também não foram encontrados vestígios de que a menina tenha sido forçada a entrar no micro-ondas ou que tenha sido colocada no eletrodoméstico desacordada. A hipótese de crime passional também foi descartada. Vamos continuar investigando, testemunhas serão ouvidas, mas a princípio tudo indica que foi uma fatalidade - disse o agente de polícia da Central de Polícia de São José, Angelo Carlos Brito.
- Pode parecer estranho que a menina tenha sido achada dentro do micro-ondas, mas o aparelho era antigo e bem grande, de 48 litros. Ele nem funcionava mais, estava só a carcaça na casa de bonecas - disse o agente de polícia.
Segundo o policial, caso essa hipótese seja comprovada, os pais da criança podem ser indiciados por negligência já que o micro-ondas estava dentro da casa de bonecas, local onde as crianças brincavam.
O policial, que esteve no sítio onde a menina morreu, disse que as sandálias da criança foram encontradas próximas ao micro-ondas. Ela estava brincando com uma irmã de 4 anos, quando a mãe Nilce Aparecida Cabra chamou as duas para tomarem banho antes do almoço, às 10h. Terezinha não apareceu e Nilce começou a procurar a criança, mas achou somente os calçados. Bateu na porta de todos os vizinhos e nada de informações.
Ela ligou para o marido que estava com a filha de 10 anos no mato procurando madeira. Houve mobilização geral. O pai e sete vizinhos se dividiram para fazer buscas no mato. Cada um ficou encarregado de fazer uma varredura numa faixa de 500 metros na direção indicada.
A mãe acreditava que alguém havia entrado na casa de bonecas e levado a filha. Ela chamou a polícia e disse para irem com cães farejadores.
Foi a irmã de 10 anos quem encontrou Terezinha já sem pulsação, por volta de 14h20m, dentro do forno.
O caso aconteceu neste domingo em um sítio na rua Avelino Elesbão Mafra, no Morro do Alemão, bairro Potecas, em São José, Grande Florianópolis.
O corpo de menina foi velado nesta segunda-feira e a polícia deve começar a tomar o depoimento dos pais, vizinhos e das irmãs a partir desta terça-feira.
O policial disse que a irmã de 4 anos deverá ser ouvida com a ajuda de uma psicóloga. O policial tentou conversar com a menina no dia da morte da irmão, mas ela só disse que as duas brincavam.
- Ela é uma menina muito pequena e tímida. Ficou agarrada á mãe. Só com ajuda de uma psicóloga vamos conseguir que ela conte alguma coisa - disse o policial.



O Globo

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