SÃO PAULO - A polícia de São Paulo desbaratou uma quadrilha e identificou 13 distribuidoras que vendiam a 20 estados do país e ao Distrito Federal remédios roubados, furtados ou desviados de hospitais da rede pública paulista. Nove pessoas, a maioria donos destas empresas, foram presas na manhã desta sexta-feira nas capital paulista e nas cidades de São Caetano do Sul, Santo André e Santos. No total, 10 acusados são procurados.
A quadrilha roubava principalmente medicamentos usados no tratamento do câncer. Apenas numa apreensão em São Caetano do Sul, no ABC paulista, foram recolhidos 30 frascos do medicamento Mabthera. Cada frasco custa R$ 5.800.
O prejuízo foi de pelo menos R$ 40 milhões nas ações já identificadas.
Em conjunto com a Vigilância Sanitária, a polícia investiga apenas em São Paulo 21 hospitais e clínicas que teriam comprado esses remédios roubados a preços mais baixos em relação ao produto de origem lícita. Também estão sendo investigadas instituições nos demais estados. Entre elas estão hospitais do Rio de Janeiro. Os remédios teriam sido enviados a 50 cidades do país.
A Operação Medula, deflagrada nesta sexta, começou com a investigação de um desvio de medicamentos do Hospital do Servidor Público de São Paulo, ocorrido em 2007. Na época, foi simulado um roubo.
A quadrilha de distribuidores incluia intermediários, que aliciavam funcionários e prestadores de serviços de hospitais paulistas. Seis servidores públicos concursados e um prestador de serviços já foram presos. Os sete estão envolvidos em roubos e desvios na farmácia do Hospital Mário Covas e no Hospital do Servidor Público do estado. Também estão sendo investigados crimes no Instituto do Câncer e na farmácia da Justiça estadual, localizada na Vila Mariana, na zona sul de São Paulo.
Quatro deles foram presos em agosto passado e eram funcionários do Hospital do Servidor Público de São Paulo. De acordo com a polícia, o prejuízo pode passar de R$ 8 milhões apenas naquela instituição. Os medicamentos desviados eram de alto custo, usados no tratamento de câncer e hepatites, por exemplo, que não são vendidos em farmácias. Os quatro ingressaram no hospital por concurso e trabalhavam como vigilantes na farmácia, almoxarifado e na portaria do hospital, que fica na Vila Clementino, na zona sul. Um facilitava o trabalho do outro. O bando tinha informações privilegiadas, já que sabia quando chegavam os carregamentos de remédios.
- A polícia suspeitou de várias ações parecidas e começou a investigar a quadrilha - disse Antonio Carlos Silveira, delegado titular do setor de investigações da 2 Seccional de polícia , no Brooklin.
O nome das distribuidoras de medicamentos não foi divulgado. Em agosto passado, foi preso o dono da distribuidora Oncofarma, que vendia produtos roubados de postos de saúde e hospitais. De acordo com a polícia, neste ano, a Oncofarma vendeu R$ 2,3 milhões só do Mabthera, medicamento contra o câncer, mesmo sem autorização para a venda ou notas fiscais dos produtos. Outro medicamento vendido pela empresa, o Glivec, indicado para pacientes com leucemia, custa mais de R$ 10 mil.
O dono da Oncofarma foi preso quando fazia uma entrega. Porém, ele já obteve liberdade na Justiça e responde ao processo por receptação de produto roubado em liberdade. A pena é de até 8 anos de prisão. A distribuidora Oncofarma não foi fechada. Ela continua funcionando porque os medicamentos roubados não foram encontrados no prédio .
A quadrilha roubava principalmente medicamentos usados no tratamento do câncer. Apenas numa apreensão em São Caetano do Sul, no ABC paulista, foram recolhidos 30 frascos do medicamento Mabthera. Cada frasco custa R$ 5.800.
O prejuízo foi de pelo menos R$ 40 milhões nas ações já identificadas.
Em conjunto com a Vigilância Sanitária, a polícia investiga apenas em São Paulo 21 hospitais e clínicas que teriam comprado esses remédios roubados a preços mais baixos em relação ao produto de origem lícita. Também estão sendo investigadas instituições nos demais estados. Entre elas estão hospitais do Rio de Janeiro. Os remédios teriam sido enviados a 50 cidades do país.
A Operação Medula, deflagrada nesta sexta, começou com a investigação de um desvio de medicamentos do Hospital do Servidor Público de São Paulo, ocorrido em 2007. Na época, foi simulado um roubo.
A quadrilha de distribuidores incluia intermediários, que aliciavam funcionários e prestadores de serviços de hospitais paulistas. Seis servidores públicos concursados e um prestador de serviços já foram presos. Os sete estão envolvidos em roubos e desvios na farmácia do Hospital Mário Covas e no Hospital do Servidor Público do estado. Também estão sendo investigados crimes no Instituto do Câncer e na farmácia da Justiça estadual, localizada na Vila Mariana, na zona sul de São Paulo.
Quatro deles foram presos em agosto passado e eram funcionários do Hospital do Servidor Público de São Paulo. De acordo com a polícia, o prejuízo pode passar de R$ 8 milhões apenas naquela instituição. Os medicamentos desviados eram de alto custo, usados no tratamento de câncer e hepatites, por exemplo, que não são vendidos em farmácias. Os quatro ingressaram no hospital por concurso e trabalhavam como vigilantes na farmácia, almoxarifado e na portaria do hospital, que fica na Vila Clementino, na zona sul. Um facilitava o trabalho do outro. O bando tinha informações privilegiadas, já que sabia quando chegavam os carregamentos de remédios.
- A polícia suspeitou de várias ações parecidas e começou a investigar a quadrilha - disse Antonio Carlos Silveira, delegado titular do setor de investigações da 2 Seccional de polícia , no Brooklin.
O nome das distribuidoras de medicamentos não foi divulgado. Em agosto passado, foi preso o dono da distribuidora Oncofarma, que vendia produtos roubados de postos de saúde e hospitais. De acordo com a polícia, neste ano, a Oncofarma vendeu R$ 2,3 milhões só do Mabthera, medicamento contra o câncer, mesmo sem autorização para a venda ou notas fiscais dos produtos. Outro medicamento vendido pela empresa, o Glivec, indicado para pacientes com leucemia, custa mais de R$ 10 mil.
O dono da Oncofarma foi preso quando fazia uma entrega. Porém, ele já obteve liberdade na Justiça e responde ao processo por receptação de produto roubado em liberdade. A pena é de até 8 anos de prisão. A distribuidora Oncofarma não foi fechada. Ela continua funcionando porque os medicamentos roubados não foram encontrados no prédio .
O Globo
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