O ex-seminarista Gil Rugai, acusado de matar o pai e a madrasta em São Paulo, deixou no inicio da noite desta terça-feira o CDP (Centro de Detenção Provisória) da Vila Independência (zona leste), após o STF (Supremo Tribunal Federal) conceder liberdade ao acusado.
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De acordo com a SAP (Secretaria de Administração Penitenciária), ele foi solto às 18h25, em cumprimento ao alvará de soltura expedido pelo 5º Tribunal do Júri de São Paulo no final da tarde.
O ex-seminarista estava em liberdade desde fevereiro deste ano. Hoje pela manhã, o rapaz foi preso novamente após o STJ (Superior Tribunal de Justiça) suspender seu habeas corpus.
Antes disso, ele estava preso por ter se mudado para Santa Maria (RS) sem informar as autoridades sobre a mudança de endereço. À época, o ministro Arnaldo Esteves Lima, da 5ª Turma do STJ, concedeu uma liminar sob a afirmação de que o fato não justifica a prisão.
Porém, o ministro Felix Fischer discordou do entendimento do relator e revogou a decisão inicial. "Para sair do distrito da culpa, tem que comunicar ao juiz, ainda mais quando responde a um crime dessa natureza. Por isso denego a ordem de habeas corpus", concluiu.
À Folha Online, a defesa do ex-seminarista classificou como "uma aberração" a prisão do jovem. De acordo com o advogado Fernando José da Costa, a defesa ficou surpresa com a decisão do STJ que manteve a prisão preventiva. "Em nenhum momento Gil Rugai praticou alguma conduta que justificasse essa prisão preventiva, que é uma aberração ao mundo jurídico", afirmou ele.
O ex-seminarista estava em liberdade desde fevereiro deste ano. Hoje pela manhã, o rapaz foi preso novamente após o STJ (Superior Tribunal de Justiça) suspender seu habeas corpus.
Antes disso, ele estava preso por ter se mudado para Santa Maria (RS) sem informar as autoridades sobre a mudança de endereço. À época, o ministro Arnaldo Esteves Lima, da 5ª Turma do STJ, concedeu uma liminar sob a afirmação de que o fato não justifica a prisão.
Porém, o ministro Felix Fischer discordou do entendimento do relator e revogou a decisão inicial. "Para sair do distrito da culpa, tem que comunicar ao juiz, ainda mais quando responde a um crime dessa natureza. Por isso denego a ordem de habeas corpus", concluiu.
À Folha Online, a defesa do ex-seminarista classificou como "uma aberração" a prisão do jovem. De acordo com o advogado Fernando José da Costa, a defesa ficou surpresa com a decisão do STJ que manteve a prisão preventiva. "Em nenhum momento Gil Rugai praticou alguma conduta que justificasse essa prisão preventiva, que é uma aberração ao mundo jurídico", afirmou ele.
Crime
O empresário Luiz Rugai e a mulher, Alessandra Troitino, foram assassinados a tiros em casa, em Perdizes (zona oeste de São Paulo) em 2004. Apontado como principal suspeito do crime, Gil Rugai ficou preso por dois anos até ser libertado por ordem do STF (Supremo Tribunal Federal) em junho de 2006.
A investigação da polícia apontou vários indícios contra Gil Rugai. Exames realizados em uma marca de sapato deixada na porta da sala de vídeo --onde o empresário teria tentado se esconder e que foi arrombada-- apontara que quem arrombou a porta teria lesões no pé. O IC (Instituto de Criminalística) realizou então exames de ressonância magnética da planta do pé de Gil, que apontaram tais lesões.
Além das provas colhidas na casa, a polícia levantou a hipótese de o crime ter ligação com o afastamento de Gil da empresa do pai, a Referência Filmes. O ex-seminarista estaria envolvido em um desfalque de cerca de R$ 100 mil na empresa e, por isso, teria sido demitido de seu departamento financeiro. A madrasta, segundo o gerente do banco onde a Referência Filmes tinha conta, proibiu que ele a movimentasse.
Além das provas colhidas na casa, a polícia levantou a hipótese de o crime ter ligação com o afastamento de Gil da empresa do pai, a Referência Filmes. O ex-seminarista estaria envolvido em um desfalque de cerca de R$ 100 mil na empresa e, por isso, teria sido demitido de seu departamento financeiro. A madrasta, segundo o gerente do banco onde a Referência Filmes tinha conta, proibiu que ele a movimentasse.
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