quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Girafa é nova vítima de mortandade em zoo de Goiânia



GOIÂNIA - A morte da girafa Kim, nesta terça-feira, é a 62ª registrada só neste ano no Parque Zoológico de Goiânia. Por causa da mortandade, o local está interditado desde 20 de julho, mas a medida não foi suficiente. Com mais essa morte, Ministério Público Federal em Goiás (MPF), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) e Delegacia Estadual do Meio Ambiente (Dema) passaram a concentrar as investigações na hipótese de envenenamento de animais. Também são investigados surtos de doenças e as condições físicas do parque.
- Não é tempo de descartar nada. Não se descartam ações externas. É uma coisa que não passa longe de nossos olhos - afirma o procurador da República Adrian Ziemba, da área de meio ambiente do Ministério Público Federal (MPF).
Na noite de terça, o MPF determinou à direção do Zoológico que, desta vez, as investigações sobre a morte do animal incluam uma perícia. Os médicos veterinários da Universidade Federal de Goiás (UFG), que fizeram a necrópsia da girafa Tico, que morreu em 27 de junho, também no zoo, farão exames toxicológicos e análises do material colhido de Kim para saber se ele foi envenenado. Amostras de capim, que serve de alimento à girafa, também foram coletadas.
O ofício assinado pelo procurador da República Adrian Ziemba, que atua na área de meio ambiente do MPF, foi encaminhado também foi encaminhado à superintendência do Ibama em Goiás. O diretor da Escola de Veterinária da UFG, Eugênio Gonçalves de Araújo, confirmou a perícia.
- É preciso ver se há algo em comum entre os dois casos. Pode ser uma coincidência ou não - afirma Araújo.
Uma mulher que foi vista saindo do espaço da girafa, ela foi identificada e deve ser ouvida nos próximos dias. As girafas Kim e Tico foram recolhidas do circo Le Cirque, em agosto do ano passado, por suspeitas de maus tratos. Os dois machos passaram quatro meses no Zoológico de Brasília (DF). Em dezembro, foram encaminhados para Goiânia e se tornaram grande atração do local.


Apenas neste ano, nove carnívoros de grande porte já morreram no zoológico. Outros 11 mamíferos, incluindo a girafa Kim, também morreram em circunstâncias investigadas. Na última sexta-feira, nove tracajás e uma tartaruga da Amazônia foram encontrados dilacerados. O diretor do Zoológico, Raphael Cupertino, afirmou que quatro gambás podem ter causado a morte dos quelônios. Mas ele não apresentou qualquer explicação para as outras mortes.



O Globo

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