O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro condenou nesta terça-feira seis pessoas que se apresentaram como falsos produtores de TV e sequestraram um bebê recém-nascido em abril de 2008 em Itaboraí, a 50 km do Rio de Janeiro. Há suspeitas de que a quadrilha integrava uma rede de tráfico internacional de crianças.
A mãe da criança seqüestrada, segundo o TJ-RS, contou que o grupo prometeu a participação dela e de sua filha de 28 dias de idade, na época, em um programa de televisão. No caminho para as supostas filmagens, a mulher foi entorpecida e abandonada em uma estrada. Dois dias depois, através de denúncia anônima, a Polícia Civil conseguiu localizar os acusados e resgatar a criança.
O juiz Marcelo Alberto Chaves Villas, da Vara Criminal de Itaboraí, condenou os membros do grupo a penas que variam de sete a oito anos de prisão por sequestro e formação de quadrilha.
De acordo com a sentença, embora não se tenha provado as reais intenções dos sequestradores, há fortíssimas suspeitas que os réus estavam à procura de uma recém-nascida de cor branca, que seria levada para o exterior e envolvida em uma rede de tráfico internacional de crianças. Segundo depoimento de uma das condenadas, a criança seria enviada para o Mato Grosso do Sul, onde um homem, Marcus Antonius, apontado como mentor intelectual do crime a retiraria do País. Antonius responde a um mandato de prisão e está foragido da polícia, segundo o TJ-RJ.
O magistrado destacou ainda que crimes como esse prevêem penas extremamente brandas diante da gravidade e da forma hedionda como são realizados. “Tais penas não são as mais adequadas para a reprovação e repressão de tais espécies de crimes envolvendo menores, em especial se forem sopesadas as alarmantes estatísticas de crianças neste Estado e no Brasil que estão desaparecidas. O certo seria a proposição de lei para elevação dos preceitos secundários desses crimes envolvendo a subtração de menores de idade”, completou.
Terra
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