terça-feira, 25 de agosto de 2009

Crescem restrições à publicidade destinada a crianças


A partir desta terça-feira (25) aumentam as restrições à publicidade brasileira dirigida ao público infanto-juvenil. A Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia), em parceria com a Associação Brasileira de Anunciantes (ABA), vai anunciar uma espécie de código de conduta com o apoio de 24 companhias, nacionais e estrangeiras. Entre elas estão a Coca-Cola do Brasil, a Unilever, a Nestlé e a Sadia
O ponto central do acordo, cuja adesão foi voluntária, é que as empresas deixarão de fazer publicidade diretamente para crianças e pré-adolescentes.
Os pais passarão a ser o público-alvo das companhias que atuam no setor de alimentos. Nada de usar nas campanhas publicitárias estratégias do tipo “este refrigerante é legal” caso o público final seja o infantil. A decisão de compra passa a ficar mais nas mãos dos pais, apesar do conhecido poder de convencimento dos pequenos consumidores. A Abia usou uma série de estudos científicos para convencer os associados à entidade e a ABA da importância de criar restrições na hora de tentar vender alimentos e bebidas para as crianças.
Países como Estados Unidos, Canadá e parte da União Europeia já têm regras com o objetivo de tirar o público infantil do foco das empresas de alimentos e das agências de publicidade. Algumas multinacionais, como Nestlé, Unilever e a Kraft Foods, já adotavam no Brasil uma linha muito parecida de comunicação, de acordo com o código de conduta das matrizes. A Nestlé, por exemplo, há tempos abandonou a divulgação da linha infantil de alimentos dentro das escolas. A subsidiária local da fabricante suíça de alimentos também deixou de fazer a degustação dos lançamentos nos supermercados, a não ser que crianças estejam acompanhadas dos pais.
Além de vetar a comunicação feita diretamente às crianças e pré-adolescentes, o anúncio desta terça-feira regulamenta uma outra prática que já vinha sendo adotada pelas multinacionais. Quando uma empresa fizer anúncio sobre alimentos para o público infantil, terá de destacar características nutricionais do produto.
No Brasil, o Conselho de Autorregulamentação Publicitária (Conar) começou a criar regras para a publicidade dirigida ao público infantil em 1978. Em 2007, houve uma revisão das regras, tornando-as mais restritivas.
Já a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) discute regras que podem ser adotadas para propaganda de produtos alimentícios com açúcar, gordura e sódio.

Quem aderiu ao programa –
AmBev, Batavo, Bob’s, Burger King, Cadbury, Coca Cola Brasil, Danone, Elegê, Ferrero do Brasil, Garoto, General Mills, Grupo Bimbo, Grupo Schincariol, Kellog’s, Kraft Foods, Mars Brasil, McDonald’s, Nestlé Brasil, Parmalat, Pepsico Alimentos, Pepsico Bebidas, Perdigão, Sadia, Unilever.



Bem Paraná

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