quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Colesterol menosprezado pelos médicos


Levantamentos revelam que metade dos médicos não se preocupa com nível de colesterol de pacientes e que maioria das mulheres ignora se a taxa da substância está em patamar ideal

Rio - Estudo da Sociedade Brasileira de Cardiologia constatou que metade dos médicos brasileiros se preocupa menos com o colesterol do que deveriam, apesar de os altos índices da substância contribuírem para 8% das mortes causadas por doenças não transmissíveis do Brasil. A situação atinge em especial as mulheres: um segundo levantamento indica que apenas 6% delas dizem se preocupar com o risco de doenças do coração.
“O fato de 50% dos médicos não mostrarem preocupação com o nível de colesterol assusta. Há vezes em que os profissionais não interpretam o número corretamente. Em geral, o ideal é ter o colesterol abaixo de 240 miligramas por decilitro, mas cada caso deve ser analisado individualmente”, alerta o diretor da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Miguel Moretti.
Segundo o cardiologista, os médicos devem observar ainda a relação entre as taxas de colesterol “bom” e “ruim” dos pacientes, além de outros fatores de risco cardíaco, como histórico de sedentarismo, diabetes e hipertensão.
Outra pesquisa que causou preocupação na Sociedade Brasileira de Cardiologia foi feito pela Merck Sharp & Dohme com 900 mulheres latino-americanas. Observou-se que 87% delas não conhecem seus níveis de colesterol e 40% nunca haviam dosado a substância no sangue.
A pesquisa ainda mostra que o colesterol está longe de ser a maior preocupação das mulheres brasileiras em relação à sua saúde: somente 6% delas confessam se preocupar com os fatores de risco para o coração. Em uma escala de prioridade, elas dão mais atenção ao câncer e, em segundo lugar, às doenças sexualmente transmissíveis. “Isso é preocupante, porque as doenças cardiovasculares matam mais que o câncer ginecológico e o de mama, por exemplo. É preciso fazer os exames preventivos neste sentido também”, observa Moretti.




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