sábado, 29 de agosto de 2009

Tratamento gratuito para fumantes será feito em 1.200 cidades até 2010


RIO DE JANEIRO - O tratamento gratuito oferecido a fumantes pelo Sistema Único de Saúde (SUS) chegará a 3 mil unidades de saúde de 1.200 municípios brasileiros no ano que vem. O programa começou em 2004 e hoje cerca de 800 unidades de 500 municípios oferecem o tratamento, segundo informações da Divisão de Controle do Tabagismo do Instituto Nacional de Câncer (Inca).
A chefe da Divisão de Tabagismo, Tânia Cavalcante, informou que o tratamento consiste na entrega de medicamentos gratuitos e, principalmente, na orientação feita pelos profissionais de saúde do SUS.
- Existe uma demanda grande nas unidades de saúde. A maior parte dos fumantes brasileiros quer deixar de fumar, e o Sistema Único de Saúde visa a atender as pessoas que não têm como pagar pelo tratamento ou que não têm plano de saúde - afirmou.
Segundo Tânia, 1.200 municípios ainda não são suficientes para atender à demanda nacional pelo tratamento. Ela disse que a implantação do programa é demorada devido à necessidade de capacitação dos profissionais de saúde.
- O principal aspecto do tratamento não é o medicamento, é a abordagem cognitiva e comportamental, da forma mais adequada possível, por um profissional treinado - acrescentou.

Fonte: O Globo

Metade dos universitários da área de saúde não sabe tratar fumante, diz estudo

Uma pesquisa coordenada pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca) revelou que 50% dos estudantes universitários do terceiro ano dos cursos de medicina, enfermagem, odontologia e farmácia não aprenderam na faculdade métodos e tratamentos para ajudar fumantes a deixarem o vício.
A pesquisa “Vigilância do Tabagismo em Universitários da Área de Saúde” foi realizada em universidades públicas e privadas de Florianópolis, Rio de Janeiro, Campo Grande e João Pessoa e ouviu 2.642 estudantes de 18 a 24 anos.
O tabagismo é considerado doença, desde 1992, pela Organização Mundial de Saúde (OMS). De acordo com a OMS, o tabagismo cria uma “desordem mental e de comportamento em razão da síndrome da dependência à nicotina”.
O mesmo estudo mostra ainda que apenas a metade dos entrevistados discutiu em sala de aula os mecanismos psicológicos e comportamentais relacionados ao ato de fumar. Para os especialistas da área, esses mecanismos estão diretamente ligados ao conhecimento que o profissional precisa ter para tratar fumantes.

Diretor do Inca mostra preocupação

Para o diretor-geral do Inca, Luis Antônio Santini, "é preocupante que as universidades não tenham o assunto como conhecimento sistematizado, com uma abordagem para enfrentar o problema".
“É importante intensificar as informações sobre o tabagismo entre os universitários para que eles se tornem agentes multiplicadores dos males causados pelo hábito de fumar”, acrescentou.
“Os jovens pesquisados são futuros profissionais da área de saúde e como tal devem incorporar o importante papel social que tem como formadores de opinião e modelos de comportamento”, afirma Tânia Cavalcante, coordenadora nacional do Programa de Controle de Tabagismo do Inca.

Fonte: G1

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