SÃO PAULO - Cristian Cravinhos, condenado junto o irmão, Daniel Cravinhos, e Suzane Von Richthofen, pela morte do casal Marísia e Manfred von Richthofen - pais de Suzane - pediu à Justiça o benefício do regime semiaberto e pode ser o primeiro dos três a passar o dia fora da prisão. O Ministério Público aguarda apenas o laudo criminológico para dar o parecer à Justiça.
Cristian está preso desde 2002 e foi condenado a 38 anos de reclusão pelo duplo homicídio. Ele confessou ter matado o casal a pauladas ao lado de Daniel, que era namorado de Suzane na época do crime.
Convidado pelo casal a participar do assassinato, ele ficou com dólares retirados do quarto das vítimas. A intenção era simular um assalto, mas ele acabou usando o dinheiro para comprar uma moto poucos dias depois de matar o casal, o que ajudou a fazer com que a polícia identificasse os autores do crime.
Têm direito ao regime semiaberto detentos que cumpriram um sexto da pena e têm bom comportamento. O Ministério Público recebeu o pedido de Cristian Cravinhos na semana passada.
O promotor Paulo Rogério Bastos Costa, da Vara de Execuções Criminais de Taubaté, que dará o parecer ao juiz da Vara de Excuções Criminais, pediu o cálculo do tempo de cumprimento de pena e um laudo criminológico que avalie o grau de periculosidade de Cristian para avaliar se recomenda ou a concessão do benefício.O laudo deverá ser assinado por um psiquiatra, um psicólogo e um assistente social.
- Apenas o laudo poderá me dizer se ele tem bom comportamento - diz o promotor.
A defesa dos irmãos optou por ingressar primeiro com o pedido de benefício a Cristian. O MP não recebeu pedido em nome de Daniel. Versão de Cristian mudou no Tribunal
Cristian Cravinhos mudou seu depoimento no dia do julgamento, no Tribunal do Júri. Ele contou que foi convidado para ir a um churrasco na casa da família Richthofen e recebeu de Suzane a proposta: 'Você ajudaria a matar meus pais?'
Cristian disse que não imaginou a proporção que a idéia tomaria, que brigou com o irmão e foi embora. Em outra ocasião, saiu para comprar cigarro com Suzane e se sentiu a vontade para perguntar sobre o relacionamento dela com os pais. Suzane teria dito que não suportava os pais porque não tinha vida própria e tinha de fazer tudo escondido.
Passado um tempo, a proposta do crime foi refeita por Daniel. ´Me ajuda, a Suzane quer matar os pais dela, eu amo muito ela, eu vou fazer isso com ela!´.
"Eu não tinha o que fazer, eu simplesmente aceitei", disse Cristian, que assumiu ter dado as pauladas que mataram a mãe de Suzane e colocado um pano para cobrir o rosto dela. Aos jurados, ele afirmou que não queria que o irmão mais novo de Suzane visse o rosto da mãe desfigurado.
"Eu jamais admitiria ele ver aquela cena, não queria que ele fosse um menino traumatizado."
Manfred e Marísia von Richthofen foram assassinados quando dormiam em sua casa, no Brooklin, zona Sul de São Paulo. Suzane aguarda decisão da Justiça
Suzane teve a análise do pedido de semiaberto suspensa no início deste mês. O parecer foi adiado depois que foi noticiada a existência de um perfil no Twitter em nome da jovem.
No caso de Suzane, o laudo apresentado por profissionais do sistema carcerário, que convivem com ela, era favorável a que ela passasse o dia fora do presídio, voltando apenas para dormir.
No laudo criminológico, feito a pedido do Ministério Público, especialistas identificaram um perfil dissimulado em Suzane e não recomendaram a progressão da pena. Diante disso, o Ministério Público recomendou que ela continue cumprindo a pena em regime fechado.
A juíza da Vara de Execuções Criminais de Taubaté, Sueli Oliveira Armani de Menezes, só vai decidir depois do resultado das investigações do Ministério Público sobre o perfil da jovem divulgado no Twitter, um microblog que virou febre na rede mundial de computadores, além de dois perfis que ela teria no site de relacionamento Orkut. Os advogados negam que os perfis tenham sido criados por ela. O MP apura se ela estaria tendo acesso a computadores de dentro da cadeia.
A página do Twitter em nome de Suzane foi tirada do ar no dia 11 de agosto. As investigações, que são conduzidas pelo promotor Paulo José Palma, ainda não foram concluídas.
Cristian está preso desde 2002 e foi condenado a 38 anos de reclusão pelo duplo homicídio. Ele confessou ter matado o casal a pauladas ao lado de Daniel, que era namorado de Suzane na época do crime.
Convidado pelo casal a participar do assassinato, ele ficou com dólares retirados do quarto das vítimas. A intenção era simular um assalto, mas ele acabou usando o dinheiro para comprar uma moto poucos dias depois de matar o casal, o que ajudou a fazer com que a polícia identificasse os autores do crime.
Têm direito ao regime semiaberto detentos que cumpriram um sexto da pena e têm bom comportamento. O Ministério Público recebeu o pedido de Cristian Cravinhos na semana passada.
O promotor Paulo Rogério Bastos Costa, da Vara de Execuções Criminais de Taubaté, que dará o parecer ao juiz da Vara de Excuções Criminais, pediu o cálculo do tempo de cumprimento de pena e um laudo criminológico que avalie o grau de periculosidade de Cristian para avaliar se recomenda ou a concessão do benefício.O laudo deverá ser assinado por um psiquiatra, um psicólogo e um assistente social.
- Apenas o laudo poderá me dizer se ele tem bom comportamento - diz o promotor.
A defesa dos irmãos optou por ingressar primeiro com o pedido de benefício a Cristian. O MP não recebeu pedido em nome de Daniel. Versão de Cristian mudou no Tribunal
Cristian Cravinhos mudou seu depoimento no dia do julgamento, no Tribunal do Júri. Ele contou que foi convidado para ir a um churrasco na casa da família Richthofen e recebeu de Suzane a proposta: 'Você ajudaria a matar meus pais?'
Cristian disse que não imaginou a proporção que a idéia tomaria, que brigou com o irmão e foi embora. Em outra ocasião, saiu para comprar cigarro com Suzane e se sentiu a vontade para perguntar sobre o relacionamento dela com os pais. Suzane teria dito que não suportava os pais porque não tinha vida própria e tinha de fazer tudo escondido.
Passado um tempo, a proposta do crime foi refeita por Daniel. ´Me ajuda, a Suzane quer matar os pais dela, eu amo muito ela, eu vou fazer isso com ela!´.
"Eu não tinha o que fazer, eu simplesmente aceitei", disse Cristian, que assumiu ter dado as pauladas que mataram a mãe de Suzane e colocado um pano para cobrir o rosto dela. Aos jurados, ele afirmou que não queria que o irmão mais novo de Suzane visse o rosto da mãe desfigurado.
"Eu jamais admitiria ele ver aquela cena, não queria que ele fosse um menino traumatizado."
Manfred e Marísia von Richthofen foram assassinados quando dormiam em sua casa, no Brooklin, zona Sul de São Paulo. Suzane aguarda decisão da Justiça
Suzane teve a análise do pedido de semiaberto suspensa no início deste mês. O parecer foi adiado depois que foi noticiada a existência de um perfil no Twitter em nome da jovem.
No caso de Suzane, o laudo apresentado por profissionais do sistema carcerário, que convivem com ela, era favorável a que ela passasse o dia fora do presídio, voltando apenas para dormir.
No laudo criminológico, feito a pedido do Ministério Público, especialistas identificaram um perfil dissimulado em Suzane e não recomendaram a progressão da pena. Diante disso, o Ministério Público recomendou que ela continue cumprindo a pena em regime fechado.
A juíza da Vara de Execuções Criminais de Taubaté, Sueli Oliveira Armani de Menezes, só vai decidir depois do resultado das investigações do Ministério Público sobre o perfil da jovem divulgado no Twitter, um microblog que virou febre na rede mundial de computadores, além de dois perfis que ela teria no site de relacionamento Orkut. Os advogados negam que os perfis tenham sido criados por ela. O MP apura se ela estaria tendo acesso a computadores de dentro da cadeia.
A página do Twitter em nome de Suzane foi tirada do ar no dia 11 de agosto. As investigações, que são conduzidas pelo promotor Paulo José Palma, ainda não foram concluídas.
O Globo
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