Problema é disparidade entre exigências dos adotantes e a realidade dos abrigos
A disparidade entre as exigências dos pais e a realidade dos abrigos faz com que Ribeirão Preto tenha mais pais do que crianças em condições de serem adotadas. Conforme levantamento da Vara da Infância e Juventude, o município tem no momento 63 pretendentes aptos e somente 14 crianças, adolescentes e jovens destituídos do poder familiar aguardando que alguém tenha interesse em adotá-los.
“A realidade é que a maior parte dos adotantes prefere crianças recém-nascidas e, por essa razão, crianças maiores enfrentam dificuldades no momento de sua colocação”, avalia o juiz da Vara da Infância e Juventude, Paulo César Gentile. Ele explica que a maior dificuldade se revela a partir dos 5 ou 6 anos. Atualmente, a idade mínima entre as crianças que aguardam adoção em Ribeirão é de 8 anos, sendo que a maioria (85%) está entre os 10 e os 17 anos.
“A questão é cultural e a solução passa pela mudança de mentalidade das famílias que adotam”, diz Gentile. Para ele, os grupos de apoio à adoção e campanhas de esclarecimento e de incentivo podem ser um bom instrumento para a promoção dessa mudança.
Pelos dados da Vara da Infância, 23,5% dos pais desejam filhos com idade até um ano e outros 28 até 3 anos. “As crianças que realmente precisam são as mais difíceis de serem colocadas”, observa a psicóloga da Vara da Infância Valéria Mattar. “Além da questão da idade, há muitos casos de irmãos nos abrigos, o que se torna outra barreira.”
O desejo de ter uma filha após a separação do marido levou a advogada Claudia Morroni, 45, a entrar com processo de adoção há cerca de seis anos. Ana Carolina estava prestes a completar 3 anos na época e entrou para a família de Claudia, que já contava com o filho biológico Ygor. “A criança maior tem mais dificuldade de adaptação, mas não é nada que seja insuperável”, observa Claudia.
“A realidade é que a maior parte dos adotantes prefere crianças recém-nascidas e, por essa razão, crianças maiores enfrentam dificuldades no momento de sua colocação”, avalia o juiz da Vara da Infância e Juventude, Paulo César Gentile. Ele explica que a maior dificuldade se revela a partir dos 5 ou 6 anos. Atualmente, a idade mínima entre as crianças que aguardam adoção em Ribeirão é de 8 anos, sendo que a maioria (85%) está entre os 10 e os 17 anos.
“A questão é cultural e a solução passa pela mudança de mentalidade das famílias que adotam”, diz Gentile. Para ele, os grupos de apoio à adoção e campanhas de esclarecimento e de incentivo podem ser um bom instrumento para a promoção dessa mudança.
Pelos dados da Vara da Infância, 23,5% dos pais desejam filhos com idade até um ano e outros 28 até 3 anos. “As crianças que realmente precisam são as mais difíceis de serem colocadas”, observa a psicóloga da Vara da Infância Valéria Mattar. “Além da questão da idade, há muitos casos de irmãos nos abrigos, o que se torna outra barreira.”
O desejo de ter uma filha após a separação do marido levou a advogada Claudia Morroni, 45, a entrar com processo de adoção há cerca de seis anos. Ana Carolina estava prestes a completar 3 anos na época e entrou para a família de Claudia, que já contava com o filho biológico Ygor. “A criança maior tem mais dificuldade de adaptação, mas não é nada que seja insuperável”, observa Claudia.
Gazeta de Ribeirão
Nenhum comentário:
Postar um comentário