quinta-feira, 30 de julho de 2009

Diagnóstico preciso e seguro é fundamental para o tratamento da doença, afirma cientista


A assessora científica Patrícia Thomann, da QIAGEN, multinacional com sede na Alemanha especializada em diagnóstico e pesquisa molecular, adverte que se a primeira fase do teste – a purificação do vírus da influenza – for mal feita, a segunda fase do teste - a detecção do vírus - pode originar um resultado falso negativo e comprometer o tratamento da doença.
De acordo com a cientista, O CDC – Centers of Disease Control and Prevention-, órgão norte-americano de controle e prevenção de doenças, recomendou a utilização de um diagnóstico mais seguro, o QIAamp Viral RNA Mini Kit para a realização da primeira fase dos testes por ser o mais seguro e confiável kit de purificação do mercado.
Ela explica que a partir do material coletado é feita a purificação, os reagentes extraem o ácido nucléico (RNA) do vírus. “O que ocorre muitas vezes é que o vírus não se apresenta em grande quantidade ou está oculto no material coletado e, caso a purificação não seja eficiente para recuperar o vírus, a fase de detecção do teste pode gerar falsos resultados negativos, o que pode retardar o tratamento”, alerta Patrícia.
Ela lembra também que se, durante a fase de purificação, não forem extraídas todas as proteínas provenientes do vírus e do tecido em que ele se encontra, o resultado da fase de detecção também pode ser comprometido.
Ainda segundo a cientista, a purificação pode ser feita de duas maneiras, manual ou automatizada, sendo que a última opção é melhor porque a automação reduz a chance de erros. “Com o uso do QIAamp Viral RNA na fase de purificação, o RNA do vírus da influenza extraído é mais puro e concentrado, tornando a execução da fase de detecção mais simples e originando um resultado mais preciso”, afirma.
Atualmente, três instituições públicas brasileiras utilizam os kits recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e CDC (EUA) para a extração do RNA do H1N1: o Instituto Adolfo Lutz, de São Paulo, o Instituto Evandro Chagas, no Pará e a Fiocruz, no Rio de Janeiro.

Redação
eAgora.com.br

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