sábado, 1 de agosto de 2009

Programados para viver 100 anos- I


Conheça a revolução na pediatria que dará maior longevidade a essas crianças

Nunca vivemos tanto. A expectativa de vida do brasileiro hoje é de 73 anos, na Europa passa dos 80 e não é raro ver velhinhos de mais de 90 anos ativos nos países desenvolvidos. As conquistas da medicina favorecem a longevidade e há uma corrente de cientistas que acredita que os bebês nascidos hoje poderão ser centenários saudáveis. Para isso, médicos de várias áreas - em especial os pediatras - estão revendo suas atitudes em relação a essas crianças e suas famílias.



SUCESSO ISTOÉ procurou o bebê da reportagem feita em 1999 para saber os resultados do estilo de vida escolhido pelos pais para ela. Em dez anos, teve apenas resfriados

Além de cuidar de problemas que tiram o sono das mães, como as febres e as cólicas, e de acompanhar o desenvolvimento das crianças, eles têm agora uma nova atribuição. "Deve fazer parte da nossa rotina a identificação e prevenção das doenças que surgir no futuro", diz o pediatra Jayme Murahovschi, um dos maiores especialistas da área. "Isso pode construir condições para que as crianças não tenham problemas de saúde e desfrutem de boa qualidade de vida na idade avançada." Essa guinada na ação dos clínicos da infância acontece em alguns países da Europa, nos Estados Unidos e também no Brasil. As seis crianças, com idades entre 1 e 5 anos, que ilustram a abertura desta reportagem, por exemplo, têm seu desenvolvimento acompanhado por médicos dessa nova corrente
No Brasil, os ideais da nova pediatria são aplicados em um programa, criado há um ano e meio por pesquisadores do Instituto da Criança, da Universidade de São Paulo, que usa os recursos mais avançados da medicina para monitorar um grupo de crianças da zona oeste de São Paulo. "Vamos acompanhá- los desde o nascimento até o final da vida, se for possível", diz a médica Ana Maria Escobar, uma das coordenadoras da iniciativa e integrante de uma equipe formada por 25 pediatras, psicólogos, enfermeiros e assistentes sociais. Até agora, o projeto, que leva o nome Uma Nova Pediatria para Crianças que Vão Viver 100 Anos, atendeu 943 meninos e meninas saudáveis com idades entre zero e 2 anos.
Para entrar na vida dessas crianças e de seus pais, a primeira atitude dos médicos é conhec er a fundo cada participante do projeto. "Respondi a um questionário que perguntava detalhes das doenças até da minha bisavó, da educação dos meninos e dos arredores da minha casa", conta a técnica de enfermagem Simone Nascimento Santana, 23 anos, mãe de Gabriel, de 2 meses, e de Luís Felipe, 4 anos. O prénatal de Gabriel já foi feito nos moldes da nova pediatria. "Segui uma alimentação balanceada para não ganhar muito peso porque soube que meu bebê teria maiores chances do que outros de desenvolver diabetes por herança genética, justamente da minha bisavó", diz ela.
"Precisamos conhecer as doenças familiares em até três gerações e o ambiente onde a criança vive. Só depois disso é que se pode intervir para mudar alguma coisa", explica a pediatra Ana Maria. Os resultados dessas entrevistas indicam que mais de 70% das famílias possuem pelo menos um fator de risco, como pressão alta, colesterol elevado, diabetes ou casos de derrame. Esses fatores têm força suficiente para reduzir a qualidade de vida desta geração no futuro. "Isso eleva as chances de as crianças virem a ter os mesmos problemas", explica a pediatra Ana Maria.

Após a primeira consulta, a família recebe, semanalmente, a visita de um médico do projeto e um agente comunitário. Eles conversam com os pais, checam as condições da casa (se a criança for alérgica, podem sugerir mudanças no ambiente) e fornecem orientação nutricional (dão dicas de como fazer os pequenos comer legumes, por exemplo). O bebê de zero a seis meses passa uma vez por mês por consulta com o pediatra, quando são verificados peso, desenvolvimento e possíveis alterações de comportamento. De seis meses até um ano, a visita ao consultório é bimestral. A partir de um ano são semestrais ou anuais, dependendo do risco identificado para a criança desenvolver doenças. Em todas as ocasiões, além do pediatra, um psicólogo participa da consulta. Se ela estiver no grupo de risco, aos dois anos começa a fazer exames de sangue a cada seis meses para avaliar taxa de glicemia e de colesterol. Do contrário, esses testes só têm início perto dos dez anos.



Revista Isto É

Um comentário:

  1. preciso de uma cadeira de rodas e tratamento especial pra minha neta que tem tres anos não fala e não anda por ter sindromesdoeste por favoe aguem me ajude em nome de jesus eu moro em joinville sc
    na rua roxinol 1426 bairro aventureiro fone 0211187792210 email wil_fasdhion@hotmail.com obrigado

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