quinta-feira, 30 de julho de 2009

Idosos e a pedofilia

Nesta terça (28), um homem de 73 anos foi preso em Santana de Parnaíba, na Grande São Paulo, sob a acusação de abusar de crianças. Em sua casa, a polícia apreendeu um álbum de fotos pornôs com garotas e garotos.
No dia 25, em Lençóis Paulista (SP), a Justiça decretou a prisão preventiva de um advogado de 70 anos sob a acusação de abusar de uma menina de 9 anos.
No dia 22, C.P.M., de 77 anos, foi pego em fragrante pela polícia violentando uma menina de 12 anos. Ocorreu em Santo Antônio do Leverger, pequena cidade de Mato Grosso.
No dia 2, de acordo com a TV Mirante, Francisco Vieira (foto), ex-secretário de Educação de Açailândia, cidade de 100 mil habitantes do Maranhão, foi preso sob a acusação de abusar de sua neta de três anos.
Casos como esses – de pessoas acima de 60 anos (idosas, pelo critério do IBGE), avós e bisavós – começam a se destacar nas estatísticas de abusos a crianças e adolescentes, como as da Rede Criança de Combate à Violência Doméstica.
Levantamento feito pela entidade, como dados de outubro de 2008 a meados de maio de 2009, mostra que, nas zonas Leste e Sul da cidade de São Paulo, no ranking do abuso, os avôs estão em quarto lugar e as avós, em quinto. Nos três primeiros lugares, como era de esperar, estão os pais, os padrastos e as mães, nessa ordem.
Ana Cristina Silva, coordenadora da rede, informa que os avôs abusadores geralmente são homens e/ou mulheres que passam a maior parte do dia com os netos, cuidando deles enquanto os pais trabalham.
“São pessoas que perderam seus parceiros, ou que não têm prazer com eles, e se envolvem com os netos quando lhes dão banho, trocam de roupa”, disse Ana Cristina à Agência Estado.
Para ela, sempre houve abuso por parte dos idosos. Agora essa violência aparece nas estatísticas porque mais pessoas estão tomando iniciativa de fazer denúncias, diz.
A Rede Criança recebe denúncias encaminhadas pelas varas de infância, varas criminais, conselhos tutelares e mais recentemente de hospitais e das pessoas envolvidas com as vítimas.
No caso de Vieira, de Açailândia, ele foi denunciado pela avó materna da menina, que vinha sendo estuprada já há algum tempo, conforme exame de corpo de delito. E é o estupro, e não a 'bolinação’, que tem sido denunciado com maior frequência.
O levantamento da Rede Criança revela que, naquele período, triplicou o número de vítimas. “Há casos de mães que abusam, de pais que abusam e de casais em que ambos abusam”, informa Ana Cristina.
Maria José de Morais, também ligada à Rede Criança, constata que alargou a faixa etária não só dos abusadores, mas também a das vítimas. “Os casos que atendíamos eram de crianças de 7 a 14 anos, mas agora têm aparecido vítimas de até 2 anos”.

Fonte: Blog do Jornalista Paulo Lopes

2 comentários:

  1. As pessoas não se dão conta que a vovozinha de ontem pode ser o bolo-mau de amanhã, pq como sabiamente já ouvi falar CANALHAS TAMBÉM ENVELHECEM

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  2. Esqueceram também de dizer que a Pedofilia vem de décadas atrás, estas decadas onde não havia leis que combatiam este mau. Vale salientar e explorar a hipótese de que se estes "Idosos" um dia foram pedófilos em sua juventude plena e ainda continua sendo um Montro em sua velhice. Pedofilia dizem q é doença, mas se checar o histórico dos vovôs e vovós vão achar muitos crimes de decadas atras não solucionados.

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