segunda-feira, 27 de julho de 2009

ONG exibe 'Placar da Violência' em Copacabana


RIO - Para chamar a atenção das autoridades para os altos índices de vítimas da violência, o movimento Rio de Paz inaugurou neste domingo na Praia de Copacabana o "Placar da Violência" - um banner com o números de mortos e desaparecidos registrados no estado pelo Instituto de Segurança Pública (ISP) desde janeiro de 2007. O informativo foi pregado num poste em frente à Rua Princesa Isabel, ao lado do totem que anuncia o Rio como cidade candidata a sediar as Olimpíadas 2016. O banner ainda não tem autorização da prefeitura para permanecer no local.
- Vamos pedir autorização. Se recebermos um não, vamos usar voluntários para segurar os painéis. Queremos colocar esses dados em outros lugares e transformar aquele espaço da praia na nossa Praça de Maio - explica Antônio Carlos Costa, diretor executivo do Rio de Paz.
A assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop) informou que regulamenta apenas anúncios publicitários. Segundo o órgão, a retirada de banners é feita pela Comlurb, em operações de rotina. A companhia não foi encontrada até o fechamento desta edição.
A inauguração do "Placar da Violência" fez parte de uma manifestação do Rio de Paz organizada a pedido de Elisabeth Azevedo Lima, viúva do advogado Bolívar Souza da Silva, assassinado dia 18 de julho, quando tentava fugir de um sequestro relâmpago, no Recreio dos Bandeirantes. Cerca de 150 pessoas portando cruzes pretas participaram do ato, que também lembrou a morte do menor William Moreira da Silva, de 11 anos, atingido na cabeça quando brincava perto de casa, em Barros Filho, no último dia 19. A mãe do menino, Geralda Moreira, participou da ação. Ela tem certeza de que a bala que atingiu seu filho foi disparada pela polícia.
- Foi um erro muito grave da polícia - disse ela.



O Globo

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